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Artigo – Ser engolido pela virtualidade

Por Genê Catanozi

 

Em um cenário mundial em constante mutação e cada vez mais veloz, algumas ponderações necessitam ser pensadas e refletidas. O homem nunca parou de evoluir, a história mundial mostra isso, ele foi capaz de inventar o fogo até chegar à tecnologia da informação, suas habilidades humanas são incontestáveis. O “x” da questão é: Como conciliar o lado humano com o lado tecnológico?

A velocidade da individualização está fazendo com que o individuo se afaste da realidade e viva uma vida totalmente alienada, isto é, virtual. Com isto se esquece da dor de barriga, do hospital, da agricultura que é a verdadeira base da sobrevivência do organismo humano, e assim vai.

A atmosfera mundial está totalmente voltada para os empregos na área da tecnologia, onde a informação é diferente doautoconhecimento que deve ser aplicado à evolução interior do individuo. Será que tudo isso tem tornado as pessoas mais infelizes?

A confusão que se estabelece é que o homem se tornou extremamente materialista, egoísta, imediatista e a perda de valores individuais e coletivos. As experiências passadas através de gerações a gerações se diluíram e sucumbiram diante da força brutal de uma tecnologia desumana e altamente lucrativa e excluídora.

A tecnologia trouxe consequências desastrosas e perversas que se materializaram em luta por mais competição, mais e mais riqueza em menor tempo possível, fazendo o ser humano enfraquecer no que ele teria de melhor: “O pensar”.

Desumanizando o ser humano independentemente de julgamentos sob a ótica da religião ou da ciência, o homem está em uma encruzilhada jamais vista na história da humanidade, de qualquer forma o ser humano acabará pagando duramente por aquilo que o faz tirar o pé do chão. A toda ação corresponde a uma reação. O que se plantar, tranquilamente colherá.Tecnologia não enche barriga. Os jovens sem experiências da vida se esquecem de que o amanhã chegará muito rápido e que a luta pela sobrevivência sempre foi e sempre será árdua e duradoura até o final da vida.

O século 21 seria o século do conhecimento segundo os maiores historiadores da conduta humana. A humanidade precisa acordardo seu berço esplêndido e assumir de vez para que veio.

Alguns afirmam que um velho hábito está longe de ser reincorporado à conduta humana: “Nem tudo que reluz é ouro”, e pode-se afirmar que ainda vale a máxima: “Ganhar dinheiro com o trabalho licito é difícil, mas gastá-lo é mais fácil ainda”. Os jovens estão perdendo a capacidade do raciocínio lógico, na contrapartida por uma enxurrada de babaquices momentâneas que trazem a ideia de felicidade plena. A relação familiar se desfaz e não está acompanhando os limites da educação dentro de casa.

A capacidade de reação frente a toda globalização tecnológica está ficando cada vez mais difícil, e isso independe da classe social do individuo, pior são aqueles que imaginam que o dinheiro é o alicerce da vida, e abusam dele de forma irresponsável e cruel, e esquecem que a vida aqui na terra não tem segundo andar para ninguém.

É mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha do que um rico, isso é bíblico.

De qualquer forma, a humanidade deve estar precisando passar por esse momento histórico e difícil, quem sabe após alguns anos ou séculos de turbulência de conflitos humanos a humanidade possa reencontrar seu verdadeiro caminho.

E já que ninguém nasceu de chocadeira o negócio é tentar sair da zona de conforto e botar a mão na massa.

Redação

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