Por Genê Catanozi
Ultimamente está muito fácil de identificar comportamentos individualistas e egoístas, principalmente no trânsito. Todos os dias deveriam ter a capacidade do senso de observação de como estamos fora da rota natural das coisas, e como se burla as leis de todas as formas.
Temos atos e condutas falhas no nosso cotidiano que de alguma maneira afeta a todos, e o viver em sociedade fica tremendamente comprometida para todos nós.
Não temos ou perdemos completamente a noção do que é viver no coletivo, demonstrando claramente que é um tal de salve-se quem puder. Nessa transgressão de que cada um que se vire, são deixados rastros maléficos por toda a parte. Nesse vai e vem a gentileza que deveria gerar mais gentileza transformou-se em verdadeiro mata mata.
Peguemos alguns exemplos do cotidiano bem simples para exemplificar a total falta de respeito dos cidadãos. Pode-se observar a cara de pau de motoristas homens e mulheres sem nenhuma deficiência física que estacionam em vagas destinadas exclusivamente para deficiente físico ou mesmo na vaga exclusiva de idosos. Geralmente, esses mesmos transgressores reclamam de tudo, da política, da cidade, do vizinho etc. A total falta de ética recai sobre aqueles que a defendem como meio que deveria propulsionar uma convivência mais harmoniosa.
A fiscalização rigorosa também deveria ser um instrumento inibitivo desses desmandos.
Se por um lado, estamos carentes de uma educação básica de dentro de casa, como podemos ser educados se a vaca foi pro brejo há muito tempo. É muito fácil cobrar do poder público algum tipo de punição, multas e tantas outras coisas se o próprio cidadão é um tremendo transgressor da ética.
Se a base da pirâmide está à deriva como querer um país mais justo se bons exemplos de cima para baixo e de baixo para cima está escasso.
A desorganização de uma sociedade está baseada em uma total falta de excelentes diretrizes para uma sociedade com uma saúde física e mental mais saudável.
O cidadão precisa dar bons exemplos para cobrar bons exemplos, pois falar aos ventos não leva a nada e dá um tremendo desgaste em todas as partes. Se não enveredarmos para uma conduta onde a leitura é mais importante do que uma festa de arromba, os nossos dias continuarão somente na reclamação e do faz de conta. E continuaremos e dormir em berço esplêndido achando que o Brasil ainda é o país do futuro.
A sociedade brasileira perdeu nos últimos tempos a construção de uma conscientização de como o respeito e o conhecimento deveriam gerar uma maior felicidade para todos. No âmbito geral, perdemos a noção do que é ter atitudes comprometidas com a ética e seus fundamentos. E nesse barco furado de sociedade decadente e emburrecida, todos sem exceção, estão dentro desse barco e não há salva vidas de plantão.
Há os que se acham acima do bem e do mal, mas esses precisam urgente de tratamento psiquiátrico, ou internação mesmo.
Se ainda vivemos e aceitamos uma política tupiniquim é porque não temos a mínima ideia do que é uma política do bem comum. As mazelas do poder e do dinheiro infelizmente continuam infernizando a todos nós.
Já que ninguém nasceu de chocadeira, o negócio é tentar sair da zona de conforto e botar a mão na massa.