Com quase 300 pacientes ativos e 800 atendimentos por mês, atualmente, o maior desafio do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) é espaço. Foi isso o que ouviu o vereador Rafael de Angeli (Republicanos) em visita de fiscalização ao local. Com a informação de que uma nova unidade será construída, o parlamentar encaminhou um requerimento à Prefeitura.
No documento, ele pede detalhes sobre o novo espaço, “considerando sua importância para o atendimento adequado e humanizado de pacientes com transtornos mentais e o suporte necessário aos profissionais que ali atuam”. “O local atual não comporta de forma adequada os pacientes atendidos mensalmente, nem acomoda corretamente os funcionários, com muitos espaços improvisados e inadequados”, completa.
Angeli pergunta onde será localizado o novo espaço planejado para o Caps; qual é o projeto arquitetônico e funcional do novo espaço, com detalhamento sobre as instalações previstas, como salas de atendimento, áreas de convivência e acomodações para os funcionários; em que fase se encontra o planejamento e a implementação do novo espaço, se já foram iniciadas as obras ou qual é a previsão para o início das obras; qual é o prazo estimado para a entrega do novo espaço; se já há um orçamento previsto para a construção e equipagem do mesmo, com valor estimado e as fontes de financiamento; quais são as medidas planejadas para garantir que o espaço atenderá de forma adequada e eficiente as necessidades dos pacientes e dos profissionais do Caps; e se existe um cronograma detalhado das etapas de planejamento, construção e entrega, com cópia do cronograma.
Bem servido
No que diz respeito à equipe, ela está completa, de acordo com o que preconiza o Ministério da Saúde. São 2 terapeutas ocupacionais, 1 assistente social, 3 técnicas de enfermagem, 2 enfermeiras, 4 psicólogos, 1 médico psiquiatra 20 horas, 2 médicas de clínica geral com formação em saúde mental, 1 agente administrativo, 1 terceirizado de limpeza, além da coordenadora, que também é psicóloga.
Conforme ouviu o vereador, a medicação está em dia e, no local, é feita apenas a organização de medicamentos que são ministrados aos pacientes – adultos moradores de Araraquara com crises graves. Uma técnica em farmácia faz a separação da medicação. Ainda há técnicos de plantão das 7 às 18 horas.
Segundo a gestora da unidade, a porta de entrada é a unidade de saúde, na Atenção Básica, que faz o encaminhamento dos casos por telefone.
O que falta
Os principais apontamentos tratam da necessidade de um scanner e de um ar condicionado na sala da farmácia, que já teve seu pedido de compra feito.
Para a aquisição desses equipamentos, o parlamentar fez duas indicações ao Executivo. Na primeira, ele solicita a aquisição de scanners para a unidade. “Ela necessita de scanners para realizar um atendimento mais eficiente. A digitalização de documentos agilizará o processo de registro e consulta, proporcionando um serviço mais rápido e organizado”, entende.
Já no segundo documento, Angeli pede a instalação de ar condicionado na sala da farmácia. “O local de armazenagem de remédios carece urgentemente de ar condicionado. As medicações estão expostas a um ambiente quente e inadequado, o que pode comprometer sua eficácia e segurança. Recomendamos a instalação de um aparelho de ar condicionado para garantir a conservação apropriada dos medicamentos”, detalha.
“Reforçamos nosso compromisso em seguir acompanhando de perto as ações da Prefeitura e cobrando as soluções necessárias. O bem-estar e a saúde mental da comunidade são prioridades para nós. Precisamos garantir que o Caps tenha as condições ideais para oferecer um atendimento digno e humanizado aos pacientes e um ambiente de trabalho adequado aos profissionais que se dedicam diariamente a cuidar da população”, conclui o vereador.