Por José Augusto Chrispim
Os trabalhos da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Araraquara terminaram sem conseguir provas materiais sobre a denúncia de ‘rachadinha’ que teria ocorrido no gabinete do vereador Emanoel Sponton (PP) durante o mandato passado. As denúncias partiram de duas ex-assessoras do vereador.
De acordo com o vereador Aluisio Brás, o Boi (MDB), que preside o Conselho de Ética, o não comparecimento das testemunhas às oitivas propostas pelo Conselho acabou acarretando na falta de provas materiais sobre a divisão dos salários dos assessores do vereador, apesar dos fortes indícios da prática delituosa. “Como os assessores não compareceram às oitivas, nós ficamos sem provas materiais que houve a divisão dos salários deles com o vereador. Mesmo sem nenhum comprovante de PIX ou áudio, nós encaminhamos todo o material que a gente conseguiu reunir para o Ministério Público e pedimos informações sobre as provas que o MP havia conseguido, porém, o retorno que tivemos foi de que, no momento, o órgão não irá nos encaminhar as provas para que não atrapalhe o andamento das investigações, mas, alegaram que ao final do processo de investigações, eles irão nos enviar as possíveis provas. Da nossa parte, continuamos abertos a quem quiser prestar alguma informação ou apresentar provas a respeito das investigações”, relatou Boi.
Abuso de poder
Já com relação à acusação de que o vereador Emanoel Esponton teria agido para a que a empresa terceirizada que presta serviços de segurança na Câmara Municipal demitisse uma das suas ex-assessoras, Boi relata que foram levantadas provas de abuso de poder. “Na questão da acusação de abuso de poder’, o conselho conseguiu provas, como o próprio áudio do vereador, que comprovaram o assédio moral na transferência da ex-assessora dele. Nesse caso, iríamos abrir uma sindicância para pedir a saída definitiva do vereador da vice-presidência da Casa, porém, ele se antecipou e anunciou a sua renúncia voluntária definitiva. Na próxima terça-feira, nós vamos eleger o novo ou a nova vice-presidente da Câmara”, ressaltou o presidente do Conselho de Ética.