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Confiança do consumidor araraquarense cai 3,45% em março

É o primeiro resultado negativo após quatro meses consecutivos de crescimento

Olho

O Índice de Expectativas Futuras recuou 8,6 pontos nas famílias mais pobres

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou queda de 3,45% em março, passando de 113 pontos em fevereiro para os 109,1 pontos atuais. O resultado tem como base os dados coletados nas 654 entrevistas realizadas com moradores de Araraquara. Este é o primeiro resultado negativo após quatro meses consecutivos de aumento.

Segundo Délis Magalhães, economista do Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara (Sincomercio), o resultado negativo foi principalmente influenciado pelas expectativas futuras do consumidor, que apresentaram uma piora em relação aos últimos meses que a pesquisa foi aplicada. “Apesar do recuo, o ICC ainda se mantém acima da linha dos 100 pontos, o que comprova que há ainda uma perspectiva positiva por parte do consumidor mesmo diante de um cenário econômico de incertezas”, afirma Délis.

O Índice de Condições Econômicas Atuais (ICEA), no entanto, apresentou um crescimento de 3,63%, principalmente devido ao aumento da satisfação no grupo de homens com renda superior a 10 salários mínimos. O resultado indica que este consumidor avalia positivamente sua renda atual, bem como suas possibilidades econômicas momentâneas. Outros fatores que colaboram com o aumento do ICEA são o cenário empregatício local e a proximidade da Páscoa. “Como o primeiro apresentou uma melhora neste inicio de ano, a população sente-se segura em relação a sua capacidade de pagamento. Já o feriado aumenta as possibilidades de contratação, gerando maior otimismo”, explica Délis.

Em contrapartida, o Índice de Expectativas Futuras (IEC) recuou 8,6 pontos, o que implica que as famílias pioraram suas perspectivas em relação ao que está por vir, resultado ainda mais visível no grupo com renda inferior a 10 salários mínimos. “Grande parte deste resultado é reflexo de uma antecipação das incertezas políticas relacionadas às eleições presidenciais de outubro, além da preocupação com as novas diretrizes que serão implantadas pelo próximo governo”, conclui a economista.

Redação

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