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Uma cultura viciada

Estamos a desejar a muito a nossa cultura, carregamos uma cultura pra lá de bestificada. Se compararmos a cultura latina com outras culturas temos que a impressão de que nada muda, só muda o endereço, pois as pessoas são as mesmas em qualquer lugar do planeta.
O que pode variar são as formas que uma cultura enraizou em cada povo, suas tradições milenares, suas formas de agirem de acordo com o passado histórico. Mas que, as condutas, os temperamentos são iguais em qualquer parte, isso ninguém pode negar.
Aqui no Brasil ou como qualquer país latino tem seus prós e contras. Não importa se um país é ou não de primeiro mundo, o que pode realmente ser levado em consideração é se as leis são feitas e cumpridas para que uma sociedade seja livre e disciplinada. E nesse ponto, a educação entra como a ferramenta principal para a evolução coletiva e individual. Já estamos cansados de saber que a educação transforma, e faz do individuo um ser independente e conhecedor dos seus direitos e obrigações.
A vida é uma tarefa árdua pela busca constante pela sobrevivência. Fica mais complicada quando uma nação não está efetivamente focada na educação de seu povo. A busca pelo conhecimento é inerente à essência humana. As bibliotecas e os livros estão ai para serem emprestados ou comprados para aprimorar a leitura e auto realização.
Se uma nação não se preocupa com a estabilidade de seu povo também se pode afirmar que, a continuidade de uma cultura tupiniquim também atrasa a criação de novos desafios. Tudo faz parte: saúde de qualidade, educação de primeiríssima qualidade, uma economia estável, uma sociedade fortemente cidadã, e por ai vai.
No Brasil, a preocupação continua sendo para os amiguinhos tudo e para os inimigos a lei acima de tudo.
Como povo também tem a responsabilidade de respeitar o convívio em sociedade, mas isso, está longe de acontecer, pois, a cultura brasileira caminha ferozmente pelo individualismo-egoísta. Temos tido péssimos exemplos tanto do alto escalão como na base da pirâmide. Pequenas atitudes são infrações que também mexem com a sociedade, somos frutos de uma cultura anticultura. A mudança é questionável na medida em que ainda permanece a lei de Gerson. Somos tomados pela cócega de que fazer algo em beneficio próprio é o mais garantido. O bem comum está morto e enterrado.
O que fazemos para promover uma mudança eficaz e coletiva?
Infelizmente carregamos as nossas mazelas e o pior, conseguimos transferi-las para novas gerações. Se forem conscientes ou não, pouco importa, o que deixamos de lado é o pensar e a pobre da reflexão. Emburrecemos de vez.
Bons exemplos não são muito lembrados ultimamente tanto perante as mídias como dos governantes, e isso é o reflexo de uma sociedade doente e que perdeu a direção. Parecemos mais como uma canoa furada do que um transatlântico.
E já que ninguém nasceu de chocadeira o negócio é tentar sair da zona de conforto e botar a mão na massa.

Genê Catanozi

Redação

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