JOSE PEDRO RENZI
Em 1968, narram os principais livros da História Pátria ou do nosso Brasil…
Eram anos de resposta ao processo político que em 31 de março ou primeiro de abril de 1964, tirou João Goulart e no lugar colocou os Militares e seu regime…
Eram tempos de luta, onde a própria Une, união nacional dos estudantes estariam com os centros populares de cultura, as suas lideranças havia cineastas, produtores culturais, escritores, poetas…
1968 caíram por terra, suas lideranças foram presas ou torturadas e voltariam em 1979 com Dirceu, Gabeira,… Miguel Arraes, Brizola, Luis Carlos Prestes… e tantas outras lideranças dos partidos de “esquerda”. Significativo também foi à volta do antropólogo Darcy Ribeiro, do autor da Pedagogia do Oprimido: Paulo Freire (atual Patrono da Educação no Brasil…) e do General reformado Apolônio de Carvalho, que inclusive participaria da Resistência Francesa na segunda guerra mundial.
Os tempos eram outros do cinema novo, do romance de Antonio Callado, da poesia de Ferreira Gullar dos cineastas Glauber Rocha, Leo Hirzhaman, Carlos Diegues, entre outros com a terra em transe e as cabeças cortadas, tudo em ritmo de “derrubar” a ditadura militar e colocar no seu lugar as Liberdades Democráticas…
Passaram anos de silêncio e o movimento social, voltou em 1974-76, com as igrejas e com as comunidades eclesiais de base e a pastoral operária e da terra…
Os militares anunciariam a “abertura” Política e o fim do “milagre econômico” em 1973-4 com o desemprego e a miséria…
Hoje uma “nuvem” de mentiras deseja voltar ao Passado e retroagir com o “pesadelo” autoritário de 1964 e 1968, com fim dos partidos e o fechamento do Congresso Nacional.
Os partidos? Bem os partidos precisam ser repensados e principalmente precisa estar à altura do momento, que é um momento de divisão, ótimo para a mesma direita que fala do comunismo, da corrupção e usava de uma forma “ultraconservadora” da religião católica para mobilizar o Povo contra a democracia…
1968, a História continua quem sabe com outros estudantes e outra juventude… entre afro-descendentes, entre a rua a dança na rua, o cinema marginal, a literatura na favela do Ferrez, em Capão Pecado…ou ainda com a tomada das ruas e dos “movimentos sociais” que exigem que a Constituição Democrática e Liberal de 1988 ,continue respeitando nossas Forças Armadas e seu papel Constitucional na defesa do Território e na Segurança Nacional do Povo Brasileiro.
Vamos pensar 1968, e quem sabe abrir caminhos para ruas e as lutas democráticas e Libertárias, no caminho da eleição Presidencial em outubro destes 2018.
Viva o Brasil! Viva o Povo Brasileiro!
Depois de escrito: entre os principais Historiadores do período encontram-se Daniel Aarão Reis Filho, Jacob Gorender e o sociólogo Marcelo Siqueira Ridenti. Seus livros são publicados pela editora da UNESP e Unicamp.