Por Geraldo Martelli
No Brasil um tipo de terapia alternativa tem chamado a atenção por estar ajudando na resolução de conflitos, na solução de problemas e também no tratamento de doenças: a Constelação Familiar. Já autorizada no Sistema Único de Saúde – SUS – e também usada em vários tribunais de justiça do país, a Constelação Sistêmica Familiar.
Foi desenvolvida pelo filósofo, pedagogo e teólogo alemão Bert Hellinger, diz que todas as pessoas estão conectadas por uma memória familiar arcaica . E que essas lembranças podem ser passadas de geração para geração. (Ex. Brasil = Famíliar Vargas, USA= Família Kennedy) Durante uma sessão, individual ou em grupo, as relações familiares são representadas e isso permite identificar problemas. “A Constelação Sistêmica Familiar se revelou um recurso fantástico para eu poder acessar essas dinâmicas que se colocavam como a origem de muitas doenças”.
A Constelação Familiar foi adotada pelo SUS em 2018 como uma das Práticas Integrativas e Complementares (PICS), que são tratamentos alternativos que podem ser ofertados em unidades.
Em Florianópolis para mostrar a prática realizada no Hospital Universidade da Universidade de Santa Catarina – UFSC. Cerca de 70 pessoas participam do projeto, que inclui outras terapias alternativas e serve como um complemento aos tratamentos feitos no hospital. “Depois que o paciente já foi no médico, já tratou e mesmo assim aquilo persiste, aí, sim, a Constelação pode dar esse enfoque de tratamento”.
Constelação familiar no TJRJ
Na Penitenciária Feminina do Estado do Amapá, a Constelação Familiar tem sido usada também desde 2018 e já mostra resultados. O projeto, que atende 120 internas, tem transformado a forma de pensar e agir das presas e também de agentes penitenciários. “A gente vai aprendendo maneiras, comportamentos, de como lidar com a situação”. “Diminuiu o número de ocorrências, no caso das brigas, discussões, com a CSF aprenderam a conviver melhor nos seus alojamentos dizem as internas.
No Judiciário, a Constelação Familiar também tem sido usada para solucionar conflitos. O juiz Sami Storch, do Tribunal de Justiça da Bahia, foi o responsável por trazer a técnica como um modo de mediação. Hoje, 16 estados e o Distrito Federal aplicam esse tipo de prática com resultados positivos: na Bahia, 91% dos casos que envolvem a Constelação são resolvidos; em Pernambuco, 76%; no Distrito Federal, 61%, e em Goiás, 50%, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça – CNJ.
Com enorme aceitação pelos usuários, por ser em um único atendimento e com no máximo 3 ou 4 trabalhos durante a existência, vemos com bons olhos e ótima perspectivas, a resolução de vários conflitos, patologias e até mesmo o desejado equilíbrio do Sistema Familiar.
Geraldo Martelli
Terapeuta Sistêmico
Aluno de Psicologia da Uniara
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