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Cronistas

Ignácio de Loyola Brandão todo o Brasil sabe quem é; mais ainda os araraquarenses. Escritor laureado, autor de saborosas crônicas, continua, aos 82 anos, a escrever livros. E crônicas, claro.

Começou no Imparcial e agora parece que continuará a colaborar com ele, a relembrar seu passado em nossa cidade. É uma honra para todos nós, cronistas do jornal, em tê-lo como colega. Ele que futuramente será membro da Academia Brasileira de Letras. Torcemos para tanto.

O Imparcial tem acolhido durante todos esses anos de existência — e que chegará ao seu centenário brevemente —, aquelas pessoas que têm um dom literário, que leem bastante, embora sem pretensões profissionais. Porque ser jornalista ou escritor e viver disso não é fácil.

Então para nós, antigos cronistas, tem sido uma atividade intelectual tão somente por diletantismo. No meu caso fui incentivado pelo Paulo Silva e os leitores e leitoras do jornal têm-me suportado desde 1963, minha primeira.

Mas quero mesmo é falar dos outros. Dos da cidade. Dos mais assíduos. Do professor Rufino que durante muitos anos colaborou com o jornal, falecido no ano passado; do professor Tito Cassoni, com suas crônicas satíricas; do Dario Gonçalves da Silva que contou tantas histórias interessantes e que agora está um pouco acomodado; da Suze Timpani e do José Silva com suas crônicas sérias e também irônicas.

Mas há também os articulistas/cronistas, nas suas áreas específicas, como os do colega Tiago Romano, como o Coca, especialista em trânsito e tantos outros que agora a memória não ajuda. Pelo que me desculpem pela involuntária omissão. É a idade…

Tenho guardada uma antiga crônica do saudoso Paulo Silva em que ele fez questão de nominar todos aqueles que colaboraram com o jornal durante muito tempo. Eram muitos. Até meu pai Jorge estava no meio. Que memória! Uma homenagem de agradecimento.

Interessante é que no passado lia-se muito jornal e havia espaço para todos aqueles que se iniciavam nessa arte. Sem censura, liberal que era. E que ainda continua com sua sucessora, D. Cecília, pelo José e Daniela.

Mas deixei por último para falar da professora, escritora e cronista Darcy Dantas que me citou em sua crônica, publicada no dia 5 de janeiro, sob o título “Delicadamente… obrigada!”. E que inspirou estas linhas.  Nela, ao saudar os colegas cronistas, lembrou-se do meu nome, como “articulista de primeira linha”.

Apesar de ter bondosamente exagerado, não poderia deixar de agradecê-la. É o que faço, aqui e agora, repicando. Suas crônicas, Darcy, são poéticas. É o toque feminino. Prova disso é que, ao dizer de sua trajetória, as palavras “saíram de minha alma, guardadas que estavam há tanto tempo”. E ao agradecer a oportunidade que teve em escrever para o jornal, graças à D. Cecília e ao José, termina dizendo de “poder levar minhas palavras além da brisa”.

Salve os e as cronistas araraquarenses!

Redação

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