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Cultura e desenvolvimento

Por João Doria     

  

Uma sociedade desenvolvida precisa ser culturalmente forte. E cultura forte pressupõe o envolvimento de governos, empresas e promotores do setor. São eles que fomentam a produção artística, criam, mantém equipamentos e ajudam a despertar novos talentos. É o que estamos fazendo em São Paulo, unindo forças para promover a cultura, ampla e democrática.

Em novembro, inauguramos um novo e moderno espaço de exposições na Capital paulista, o MIS Experience, abrigando a mostra interativa “Leonardo da Vinci – 500 anos de um Gênio”. O MIS Experience é resultado da integração entre governo e empresas privadas. Ele nasce com 1.700 metros quadrados de área de exposições e mais 1.000 metros de área para projeções interativas. Recebeu R$ 8,5 milhões de investimento feito por empresas privadas. Será administrado pelo Museu da Imagem e do Som, que ganha assim um segundo espaço de exposições em São Paulo.

Os resultados dessa ação integrada já foram comprovados no Festival de Inverno de Campos do Jordão. Em sua 50ª edição, o festival recebeu o patrocínio de cinco empresas, bateu recorde de público e ampliou o turismo. A parceria governo-empresas também é realidade na renovação do Museu do Ipiranga, o Museu da Independência. Financiados por 14 empresas privadas, os trabalhos, que estavam paralisados havia seis anos, foram retomados e serão concluídos no Bicentenário da Independência, em setembro de 2022, quando o Museu do Ipiranga passará a oferecer uma experiência multissensorial aos visitantes.

A cultura é livre por natureza, incompatível com censura, preconceitos, personalismos, partidarismos e ideologias. A criação e o conhecimento cultural exigem imaginação e ousadia. É a economia criativa, no seu mais elevado valor.

Para estimular um mercado que movimenta 12 mil empresas e gera 300 mil postos de trabalho, abrimos o Programa de Investimento no Setor Audiovisual de São Paulo, ProAV. Oferecemos R$ 200 milhões em linha de crédito com juros reduzidos e aprovação em apenas dois dias. Cultura e economia criativa também são o motor do maior evento de gastronomia do Brasil, o SP Gastronomia, que abrangeu todas as regiões do Estado. Pela primeira vez, São Paulo ganhou um evento anual que consolida o Estado como meca da arte da boa mesa, setor que emprega 780 mil pessoas diretamente e outros 2,4 milhões indiretamente.

Outra medida, tão fundamental quanto simbólica, é a implantação da Fábrica de Cultura, em São Bernardo do Campo. No lugar do que deveria ser o tal Museu do Lula, haverá um espaço para os talentos da região do ABCD. O prédio que seria um monumento ao personalismo e à política partidária e ideológica, agora servirá à população, especialmente crianças e jovens.

É em parceria com a sociedade, com a juventude, com os artistas e com as empresas que trabalhamos para que a cultura de São Paulo valorize o conhecimento e a energia criativa. A produção cultural gera mudanças, valores, empregos e oportunidades. Semear cultura é colher desenvolvimento.

 

*João Doria é governador do Estado de São Paulo

Redação

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