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Despertadores da sociedade

Hipólito da Costa, gaúcho, pai do jornalismo de língua portuguesa, isso há 200 anos aproximados já nos deixava uma visão ampla do papel do jornal e jornalistas. Dizia ele que há “outras funções, além de “primeiro despertador da sociedade”.
É necessário refletir sobre a notícia a ser dada com a certeza de que se fala baseado em verdades, não em algo que nem bem sabem ou conhecem . Outro jornalista senhor Artur Aymoré, recorreu a jornais do Nordeste e do eixo Rio- São Paulo buscando maiores e melhores elementos a respeito de Lampião. (Cito como exemplo.) Trouxe de volta a imagem que a imprensa construiu a seu respeito. Não as verdades, sim tudo quanto os coronéis da época desejavam. Fico com Lampião aos “coronéis “ que nos “abarcam ”, homens que desonram nossa Pátria, matando de fome crianças , trabalhadores, idosos que deveriam ser bem cuidados, como pede nossa Carta Magna.
Tudo para a “casta” dos meliantes, como se o País não fosse nosso. E o povo jogado a deriva. Não deixa de ser uma espécie de xenofobia, aplicada ao povo desta terra pelos algozes que nos governam.
Roubam dos pobres para levar aos ricos, dinheiro que nos pertence. Lampião dava aos pobres. Não que isso justificasse. Voltando a Aymoré, que bem disse haver descoberto o que há tempos já sabia. Não são todos que assim se comportam. Existem e existiram jornais e jornalistas da maior lisura. Jamais seriam os despertadores da sociedade , antes de ir a fundo às notícias a serem levadas aos ouvintes , ou leitores.
Não se esqueçam que uma notícia caluniosa pode matar, assim como as balas perdidas que hoje em dia são a constante nesta Terra. O que muito se vê atualmente são frases ou palavras sem o cuidado devido jogadas no ar através de rádios , TVs, etc.
Uma palavra pode matar, física ou moralmente um cidadão. Uma palavra caluniosa mata sim. A notícia é preciosa para nosso conhecimento e avaliação, mas sempre da forma a mais simples e correta.
Parabéns Sr. José pelos 87 anos de seu jornal sempre seguindo a linha da lisura , do respeito aos seus leitores.
Darcy Dantas

Redação

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