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Dia Nacional do Livro Didático é comemorado nesta quarta

Nesta quarta-feira, dia 27 de fevereiro, é comemorado o Dia Nacional do Livro Didático. A coordenadora do Programa Pós-Graduação em Processos de Ensino, Gestão e Inovação – PPG/PEGI – Mestrado em Educação – da Universidade de Araraquara – Uniara, Dirce Charara Monteiro, lembra da data e fala da importância do tema.
“A escolha de um bom livro didático é um valioso suporte para o professor, principalmente considerando a elevada carga horária desse profissional que tem pouco tempo para preparar suas aulas. No entanto, o docente precisa ter cuidado para não se tornar escravo do livro didático, seguindo à risca todas as lições nele contidas. Deve ser um guia e ser encarado pelo professor de uma perspectiva crítica, complementando as informações trazidas em suas páginas”, aponta Dirce.
Para a docente, a qualidade gráfica é um fator relevante, no entanto, em sua opinião, o mais importante é o material selecionado pelos autores. “No caso de língua portuguesa, por exemplo, um critério importante para a escolha do livro didático pelo professor é que contenha textos de autores de qualidade mesclados a textos do cotidiano, compondo uma diversidade textual necessária no ensino da língua materna”, explica.
As atividades propostas também são importantes “no sentido de despertarem a motivação dos alunos para a aprendizagem do conteúdo do livro didático”.
Mesmo com o acesso a informações facilitado por meio do uso de smartphones, o livro didático sempre terá seu espaço, na visão da coordenadora, “pois apresenta as informações de forma mais organizada e abrangente”. “Elas também são mais confiáveis do que as obtidas na internet porque passaram por um crivo de especialistas, como é o caso dos livros selecionados pelo Plano Nacional do Livro Didático – PNLD, iniciativa governamental que garante um mínimo de qualidade aos materiais veiculados pelos livros didáticos”, destaca.
Dirce complementa dizendo que, “considerando o gosto dos jovens de hoje pela tecnologia, muitos livros didáticos também já trazem sugestões de sites e atividades que requerem pesquisas nas mídias”.

Origem
A professora comenta que a origem do livro didático não é muito conhecida. “É difícil afirmar quando surgiram os primeiros. Com certeza a invenção da imprensa por Guttenberg, na primeira metade do século XV, é que tornou possível a impressão e circulação desse recurso didático, e a primeira cartilha de alfabetização de autoria, de João de Barros, foi publicada em Portugal na primeira metade do século XVI”, conta ela.
Consta, segundo Dirce, que os livros só puderam ser feitos no Brasil a partir de 1808, “quando a família real portuguesa se mudou para cá e trouxe uma máquina impressora”. “Antes disso, era crime ter uma tipografia no país”, relembra.
“O livro didático nunca substituirá o professor na sala de aula, mas é um recurso importante para a prática pedagógica e poderá ser um elemento motivador para o ensino dos diversos conteúdos escolares”, finaliza a coordenadora.

Redação

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