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É isso aí

1 – O nosso jornal “O Imparcial” do dia 10 de fevereiro deste ano, publicou com letras chamativas e em sores vermelhas, uma chamada sobre a importância da água: “CONSUMO DE ÁGUA É VITAL”. Confesso que a li e fiquei interessado. Acontece que a notícia tinha duplo sentido.  Na minha ingenuidade eu a entendi pelo que não era. Pensei que o jornal estava iniciando um movimento, alheio às nossas autoridades, sobre a importância da sua economia. Tenho notado nas minhas andanças urbanas, o desperdício de água feito pelos araraquarenses, homens e mulheres, varrendo suas respectivas calçadas, com esguichos de água feitos com mangueiras, num verdadeiro festival de gastos do precioso líquido potável, quando isso poderia ser feito com uma simples vassoura, com o mesmo efeito, menos tempo e serviço melhor. E o pior, esse desgaste é feito às escâncaras, sem a mínima pudicícia, consumindo centenas de litros de água tirados de poços artesianos provenientes do Aquífero Guarani. Esses perdulários da água não só gastam, como abrem o mesmo direito aos outros. E é ai que mora o perigo.
Eis aqui uma sugestão para os nossos edis debaterem e exigirem uma solução. Que tal a multa?
2 – O nosso Senado escolheu numa eleição que transformou seu plenário num picadeiro – para vergonha dos circenses – o seu presidente. O escolhido foi o senador azarão Davi Alcolumbre, do DEM do Amapá, desconhecido até no seu Estado. Para o país, qualquer um serviria, desde que saísse a famigerada raposa política Renan Calheiros do MDB de Alagoas.
Para mim o curioso está em seu sobrenome: parece-me mais uma combinação de duas palavras percebíveis na sua leitura. Inclino-me mais para um sincretismo da síntese hegeliana; uma fusão de uma tese e de uma antítese numa proposição nova que, num superior de entendimento, as combina, conservando o que há de legítimo em cada uma, tal qual num epíteto. E para você, caro leitor, o que esse nome te faz lembrar? A somatória da síncope de Alcool com Vislumbre? Com o primeiro nada sabemos, mas com o segundo, com certeza.
3 – No ano de 2017 aconteceu a tragédia do vazamento de rejeitos em Mariana no vale do Rio Doce. Em 18 ocorreu o vazamento dos rejeitos em Brumadinho e uma tentativa de assassinato do candidato à presidência Jair Bolsonaro além de uma violência desmedida no Estado do Ceará e a queda do elevado na marginal do rio Pinheiros em São Paulo. Em 19 a queda do helicóptero, provocando a morte do Ricardo Boechat, a queda da avenida Niemeyer no Rio de Janeiro, o incêndio do CT do Flamengo com a morte de 10 garotos. É uma desgraça atrás da outra. E o pior é que não tem culpado. Culpados até têm. Talvez até de sobra, mas que é difícil acha-los e puni-los, é.
Afinal, essa sucessão de tragédias têm sido casuais ou praga da Dilma e do Lula? Qual será a nova tragédia? Um Pai-de-Santo, talvez fosse necessário ao nosso país, nesse momento. Saravá, mermão!

Obs. – Fui lembrado pelo escritor Luís Carlos Bedran, destacado articulista deste jornal em seu artigo “Cronistas”, publicado no nosso jornal “O Imparcial” do dia 5 de fevereiro. Devo confessar a honra que me tomou. Credito e acredito na lhaneza do autor: “Tito Cassoni, com suas crônicas satíricas”. É verdade. Devo confessar que sou satírico, cético, pessimista, ateu, irônico e o que mais quiserem. Fiquem à vontade. Ainda acredito em democracia. Mas devo confessar também, que não nasci assim. Fiquei assim. Aprendi a ser assim com a vida e convivendo com nossos governos e seus políticos. Aprendi a ser assim, não com meus pais, mas com meu país. A diferença foi o acento agudo. Não há como viver aqui sem o uso desses requisitos. A simples citação do meu nome, partindo de quem partiu, encheu-me de orgulho. Coisa de gentil-homem. Ou se preferir o estrangeirismo, gentleman.

Redação

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