Presidente da Ampara entregou documento ao prefeito durante ato do Dia Mundial de Conscientização do Autismo
Desde o ano passado, um grupo de trabalho formado por integrantes da Prefeitura e da sociedade civil, empossado por Edinho, abordou os detalhes necessários para a instalação do Centro de Referência. A ideia é que o serviço funcione no Jardim Dom Pedro I, ao lado do Centro Especializado em Reabilitação “Doutor Eduardo Lauand”.
“Essa proposta saiu da cabeça de pessoas que convivem com o autismo diariamente e é resultado de uma construção coletiva. Estou feliz de ter recebido essa proposta e vamos trabalhar para cumpri-la”, ressaltou o prefeito.
As atividades do Dia Mundial de Conscientização do Autismo ocorreram durante todo o dia, em parceria da Prefeitura com o Centro Especializado em Reabilitação, a Ampara (Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Araraquara), a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), a Defensoria Pública do Estado de São Paulo e a Câmara Municipal.
“Vamos colocar as pessoas que convivem com autismo no primeiro plano, pois quero que Araraquara vire referência nessa luta. Que o dia seja de reflexão e de avanço das políticas públicas para a construção da cidadania às pessoas que têm autismo”, salientou.
Representando a Câmara, o vereador Roger Mendes (PP) lembrou que conversa com as entidades sobre esse tema desde que foi eleito, no final de 2016. “Em uma das primeiras agendas, trouxe essa demanda ao prefeito. O grupo de trabalho entregou, inclusive, a planta para a construção do Centro de Referência. Nada disso estaria acontecendo se a gente não tivesse um prefeito como o Edinho”, declarou.
Elisa Santos, assessora de Políticas para a Pessoa com Deficiência, disse que a data deve ser lembrada todos os dias e lembrou que pessoas com autismo enfrentam diversas barreiras sociais. “É muito importante compartilhar informação, quebrando preconceitos e garantindo espaços na sociedade”, opinou.
Duas representantes de entidades voltadas a pessoas com autismo também deixaram suas mensagens. Karina Maia, da Ampara (Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Araraquara), aproveitou a oportunidade para “falar dos autistas que ninguém vê”. “Conheço mães de adultos e que não conseguem ter vida social, trabalhar, pela condição que eles vivem. Peço mais atenção ao autista grave”, lembrou. “Autismo não tem cura, mas o preconceito sim.”
Sheila Rocha, da Gapaa (Grupo de Apoio aos Pais de Autistas de Araraquara), ressaltou a importância do diagnóstico precoce de autismo e os desafios de inclusão, principalmente no mercado de trabalho. “Precisamos levar informação até as escolas, aos agentes de saúde, para que o autismo seja identificado em uma idade mais nova”, afirmou.
2 milhões de brasileiros
O autismo é caracterizado por dificuldades na socialização, na comunicação e no comportamento. A condição afeta cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 2 milhões no Brasil. As causas do autismo são desconhecidas e não existe cura, mas, quando diagnosticado precocemente, existem mais chances de melhora do quadro e desenvolvimento da criança.
O Dia Mundial da Conscientização do Autismo foi estabelecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2007, e a data é simbolizada pela cor azul. Por esse motivo e para alertar a sociedade sobre um olhar mais atento em relação ao autismo, a Prefeitura iluminará o Paço Municipal de azul durante esta semana.