Início Araraquara Edna Martins é vítima de ameaças de ódio

Edna Martins é vítima de ameaças de ódio

A coordenadora do programa de Políticas para a Mulher do Estado de São Paulo recebeu as ameaças via e-mail

Por José Augusto Chrispim

O secretário da Justiça e Cidadania, Fernando José da Costa, repudia as ameaças sofridas pelas coordenadoras do programa de Políticas para a Mulher, a araraquarense Edna Martins, e do programa para a Diversidade Sexual, Valeria Nagy, e pela candidata a deputada federal Claudia Carletto.

Ato inadmissível

O secretário da Justiça e Cidadania, Fernando José da Costa, falou com a reportagem de O Imparcial sobre o ocorrido.

Questionado sobre qual seria a posição dele com relação aos ataques as mulheres, ele respondeu que: “É intolerável e inadmissível numa democracia esse tipo de ataque. Trata-se de mulheres que atuam na defesa dos direitos humanos, das mulheres, da tolerância à orientação sexual e identidade de gênero. Questões cruciais para o exercício da cidadania. Merecem nosso respeito e apoio. Repudiamos veemente as ameaças sofridas pelas coordenadoras do programa de Políticas para a Mulher*, Edna Martins, do programa para a Diversidade Sexual, Valeria Nagy, ambas coordenadoras da Secretaria da Justiça e Cidadania, e Claudia Carletto, ex-secretária Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e hoje candidata a deputada federal. Em um dos e-mails recebidos por Claudia Carletto, Edna Martins e Valeria Nagy, há ameaça de ataques a bomba à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, à sede da Fundação CASA (ligada à Secretaria), ao comitê de campanha e a sede do diretório do partido da candidata, localizado no Jardim Paulista. Claudia Carletto registrou boletim de ocorrência após receber ofensas anti-LGBT+ e pressão para desistir da candidatura”, respondeu.

Investigação

O secretário também relatou que já está em curso a investigação pela Polícia Civil do Estado de São Paulo para tentar identificar os autores das ameaças. “No momento, após as medidas (Boletim de ocorrência e Manifestação ao Ministério Público Federal), aguarda-se o desdobramento das investigações”, ressaltou Fernando que acrescentou que na própria segunda-feira (19), a candidata Claudia Varletto prestou depoimento à Polícia Civil. Ao lado das coordenadoras da Secretaria da Justiça e Cidadania, Edna Martins (Políticas para a Mulher) e Valéria Nagy (Diversidade Sexual) também foi aberto boletim de ocorrência que gerou  manifestação protocolada no Ministério Público Federal, já acolhida pelo órgão e que prosseguirá à Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo.

Exército pelos direitos humanos

A ex-vereadora de Araraquara, Edna Martins, falou ao O Imparcial que vem sofrendo ameaças através de e-mails com palavras ofensivas e, até mesmo, uma ameaça de bomba em seu local de trabalho. “Infelizmente hoje, começamos o dia com muita tristeza, porque estamos sendo ameaçadas, eu, a coordenadora da Diversidade e também a Claudia Carletto que é candidata a deputada federal. A intolerância é uma coisa terrível para nós que trabalhamos com direitos humanos, com o respeito ao outro, mas as pessoas precisam aprender que ameaça é crime, nós não vamos nos calar, nós somos um exército de mulheres e homens que lutam pelos direitos às pessoas serem o que elas quiserem”, ressaltou Edna.  

Ataque a bomba

Em um dos e-mails recebidos por Claudia Carletto, há ameaça de ataques a bomba à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, à sede da Fundação Casa (ligada à pasta), ao comitê de campanha da candidata e à sede do diretório do PSDB do Jardim Paulista, em São Paulo.

 Coordenação de Políticas para a Mulher tem por finalidade a implementação de políticas públicas que visem à equidade de gênero, a eliminação de qualquer forma de discriminação e de violência contra a mulher, assegurando-lhe a plenitude de seus direitos, sua participação e integração no desenvolvimento econômico, social, político e cultural. 

Cabe à Secretaria da Justiça e Cidadania “praticar todos os atos necessários ao bom funcionamento do sistema de recebimento e julgamento das denúncias dos atos discriminatórios”.

“Identificada a prática de possível falta cometida por um servidor público estadual, a comissão especial comunica fato ao órgão em que o suspeito desempenha suas funções e indica as provas do que tiver conhecimento”, informou a pasta.

 

Redação

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