Como dar um basta na violência contra a mulher? Foi na tentativa de responder a esta pergunta que um grupo de mulheres se reuniu no Plenário da Câmara na noite da sexta-feira (25). A data não foi escolhida ao acaso. 25 de novembro é o Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher.
Promovida pela Prefeitura de Araraquara, por meio do Centro de Referência da Mulher “Professora Doutora Heleieth Saffioti” e da Coordenadoria de Políticas para Mulheres, a roda de conversa fez parte de uma programação especial para fortalecer a luta pela defesa das mulheres. A ação “21 dias de ativismo pelo fim da violência contra mulheres e meninas” vai até o dia 10 de dezembro.
A roda de conversa foi composta pela vereadora e presidenta da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres, Fabi Virgílio, pela coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres, Grasiela Lima, pela coordenadora de Políticas Étnico-Raciais, Alessandra Laurindo, e pelas mulheres participantes da campanha “Luto contra as Violências”.
Em Araraquara, a campanha “Luto contra as Violências” marca o ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. São 21 dias de ativismo, com início em 20 de novembro (Dia da Consciência Negra), abrangendo o 25 de novembro (Dia Internacional pela Eliminação das Violências contra as Mulheres), até 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a violência contra a mulher como todo ato de violência baseado no gênero que tem como resultado dano físico, sexual, psicológico, incluindo ameaças, coerção e privação arbitrária da liberdade, seja na vida pública seja na vida privada. Durante o encontro, foram discutidos os tipos de violências sofridas pelas mulheres e os meios de combatê-las.
A Lei Maria da Penha é considerada uma das mais avançadas do mundo. Apesar disso, ainda existem desafios práticos no combate à violência de gênero. Para Fabi, “somos vítimas de violências e ainda nos sentimos culpadas. A culpa é inserida no contexto feminino desde tenra idade pela criação e pelos padrões impostos pela sociedade. Nós não somos culpadas, somos as vítimas! Não é pela roupa que usamos. Não é pelo nosso comportamento. É sempre pelo machismo estrutural no qual nossa sociedade foi alicerçada e é contra isso que precisamos, dia a dia, descontruir essa deformação cultural e alicerçar nossa sociedade na igualdade de gênero. Eu luto pelo fim da violência de gênero!”, finalizou.