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Escolhas e diretrizes

Genê Catanozi

 

A cobrança atual pela escolha de um posicionamento cresce no
mundo e gera incertezas e uma profunda sensação de insegurança. Estamos
em um momento que é cada vez mais intensa a cobrança de uma atitude, ou
seja, parece que todos precisam optar por um lado, quer seja um partido
politico, uma ideologia, uma cor preferida e por ai vai.
O país esta em um momento onde os acontecimentos recentes têm
gerando uma forte pressão social onde os cidadãos estão sendo empurrados
para definir um lado da moeda, e isso certamente influencia na perda do
equilíbrio emocional de qualquer um.
Imaginemos que se existisse somente uma única cor, um único sabor,
uma única forma de prazer, um único trabalho, isso seria um tédio.
Por outro lado, a necessidade da nossa essência em evoluir está
esbarrando em uma total falta de capacidade coletiva, o individualismo
cresce a todo o momento, e com isso deixamos de ser para se transformar
em uma coisa qualquer. A escravidão interior nos faz reféns de nós
mesmos. Em um país como a máxima ainda é levar vantagem em tudo, a
cumplicidade do toma lá da cá direciona uma sociedade para qualquer lado,
deixando rastros e marcas muito negativas.
A falta de caráter como também sem as diretrizes da ética
transformam uma sociedade ferozmente para o salve-se quem puder, a não
iniciativa para o bem comum leva milhares de pessoas ao chamado buraco
negro humanitário, isto é, sem pulsão da vida para lutar e ver a sua vida
fazer vale a pena. Neste momento, o país está certamente nessa direção,
deixando uma grande maioria confusa e sem nenhuma perspectiva em
confiar e acreditar.
Esse lamaçal que o país vem se encontrando há anos é um desdém
enorme que vai na contra na mão de qualquer criança.
No andar da carruagem e no frigir dos ovos, o comando e o pé no
acelerador sempre estiveram no comando de pessoas inescrupulosas e
insaciáveis, sem um tremendo pudor de agir e raciocinar em favor de uma
pátria justa e de um povo que ânsia por oportunidades iguais. Esses
mesmos “comandantes tupiniquins” orbitam em um planeta além do
sistema solar conhecido, não fazem jus ao nome e sobrenome.
Resgatar toda uma sociedade jogada completamente no lixo não será
fácil, a sensação de impotência já está estabelecida em uma grande parte da
sociedade brasileira. O capitão e os capitães que tiveram toda a
oportunidade do mundo para fazerem seus papéis com dignidade e respeito
mostraram para que vieram, só que se esqueceram que a finitude da vida é
para todos e que investir no brasileiro seria a certeza de retorno garantido.

As gerações futuras estão seriamente comprometidas pela barbárie
emocional instalada no Brasil, com isso, todos nós saímos perdendo,
jovens sem perspectiva de auto realização, aposentados com dificuldades
de serem realmente respeitados, e tantas outras situações que todos nós
sabemos que somos desrespeitados.
Infelizmente, ultimamente não estamos tendo nenhuma certeza de
nada, pois a porcariada estabelecida insiste em continuar.
E já que ninguém nasceu de chocadeira o negócio é tentar sair da
zona de conforto e botar a mão na massa.

Redação

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