O escritor Tiago Feijó lança seu novo livro “Doze dias”, na próxima sexta-feira (20), às 18h, na Livraria Virgínia, que fica na Rua Humaitá (Rua 9), 1844, centro de Araraquara.
Uma catarse familiar. Assim pode ser definido o romance “Doze Dias” (188 p.), de Tiago Feijó, lançado em 2023 pela Editora Penalux, após colecionar prêmios em Portugal: a obra faturou o Prêmio Manuel Teixeira Gomes de Literatura 2021, pela qual ganhou edição portuguesa, e foi finalista do Prêmio Leya do mesmo ano. Por meio da escrita poética, valendo-se de imagens e símbolos, o autor narra o reencontro entre Raul e Antônio, pai e filho que têm uma relação distante e estremecida, a qual precisa se reconfigurar justamente quando a saúde do pai se encontra debilitada. Os doze dias do título simbolizam o período em que ocorre essa catarse.
Este é o terceiro livro de Feijó, que tem uma carreira premiada. Em 2014 conquistou o prêmio Ideal Clube de Literatura, com o livro de contos “Insolitudes”, com o qual também venceu o Prêmio Bunkyo de Literatura 2016, como “melhor do ano”. Com seu segundo livro, “Diário da casa arruinada”, foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura 2018. Em 2021, venceu, pela segunda vez, o Prêmio Cidade de Manaus 2021, na categoria contos, com título a ser publicado em 2023.
Em “Doze Dias”, o autor constrói uma história que gera reflexões sobre redenção, perdão e a capacidade de aceitar os defeitos dos outros. “Também trata sobre a nossa finitude e limitação. Em dezembro de 2015, passei doze dias com meu pai num hospital até o seu falecimento. Essa experiência certamente foi a gênese da história, mas não é um livro autoficcional, visto que me utilizei apenas da ideia temática, o resto é ficção”, afirma. O autor conta que a escrita nasceu durante o processo da doença paterna, que durou cerca de dois anos. “Enquanto ainda estava com meu pai no hospital, comecei a tomar nota de certas coisas que via e ouvia, principalmente sobre terapias e jargões médicos”, lembra.
Tiago Feijó é professor e escritor. Formou-se em Letras Clássicas pela Unesp Araraquara. Venceu o Prêmio Ideal Clube de Literatura 2014. Além deste romance, é autor dos livros Insolitudes (7letras, 2015-2021) e Diário da casa arruinada (Penalux, 2017), finalista do Prêmio São Paulo de Literatura. Tem textos publicados em diversas antologias, revistas e blogs de literatura.