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Estudantes da EMD recebem duas oficinas nesta quinta e sexta-feira (16 e 17)

Crianças e adolescentes participam das oficinas: “Vivenciando o Jongo”, com a Comunidade Dito Ribeiro, e “Poéticas Narrativas: por onde andas suas danças”, com Carol Goss e Dan Patire

Os estudantes da EMD – Escola Municipal de Dança Iracema Nogueira recebem duas oficinas nesta quinta-feira e sexta-feira (16 e 17): “Vivenciando o Jongo”, com a Comunidade Dito Ribeiro, e “Poéticas Narrativas: por onde andas suas danças”, com Carol Goss e Dan Patire.

As duas oficinas acontecem nos dois períodos, da manhã e da tarde. A oficina de jongo é destinada aos alunos de 1º a 3º ano, enquanto a oficina ??? é oferecida aos alunos de 4º a 6º ano.

“Vivenciando o Jongo” tem o objetivo de apresentar, experimentar e de tecer reflexões sobre esta manifestação cultural, o legado africano, a constituição da cultura afro-brasileira, a urgência da lei 10693/03. A oficina para os estudantes da EMD é uma proposta e realização do Sesc Araraquara.

Vale destacar que o jongo é considerado um dos precursores do samba, sendo composto por elementos de dança, canto e percussão de tambores. No passado, foi uma das poucas possibilidades de lazer e resistência à dominação colonial dos trabalhadores negros escravizados nas lavouras de café e cana de açúcar.

Com a transmissão dos saberes entre gerações, o jongo hoje está nas periferias urbanas e em algumas comunidades rurais do sudeste brasileiro, e continua com seu papel de mobilização social e de alegria, assumindo uma postura política e articuladora de grande importância para os guardiões dessa tradição e para seus novos interlocutores.

Em 2005, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) reconheceu o Jongo do Sudeste como patrimônio cultural brasileiro de natureza imaterial.

Já a jornalista e professora de jornalismo literário na PUC-GO, a araraquarense Carolina Goos está ministrando o workshop “Poéticas narrativas: por onde andas suas danças”, em que busca por meio do trabalho do filósofo Walter Benjamim, Ailton Krenak e Byung-Cjul Han trazer reflexões sobre corpo, espaço, tempo, corpo, espaço, registro por meio da importância das narrativas no seus aspectos mais complexos.

A jornalista esclarece que para Benjamin a narrativa pode conter, um elemento de cura, pode ser olhada como um instrumento importante de rememoração. Para o filósofo, “um acontecimento vivido é finito, pelo menos encerrado na esfera do vivido, mas o que é lembrado é ilimitado”. Neste sentido, a professora avalia a importância de trazer essa reflexão para os alunos e alunas da escola de dança e fazer com que a partir disso se provoquem a pensar “por onde andas suas danças”.

O workshop conta com Dan Patire, também jornalista e videomaker que trabalhará um segundo momento com as turmas buscando a partir dessas reflexões, a criação de uma “peça artística”, uma performance dançante.

Redação

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