Ícone de uma tradição centenária, aliás, um dos eventos mais tradicionais da cidade Araraquara, o Baile do Carmo ocorre novamente no mês de julho. Símbolo de resistência e persistência, o Baile tem atualmente o objetivo de tornar a cultura afrodescendente e as festividades realizadas no mês de julho mais acessíveis à população.
Os organizadores do Baile se reuniram, na tarde da sexta-feira (25), com a vereadora Thainara Faria (PT), a presidente da Fundart, Gabriela Palombo, a secretária da Cultura, Teresa Telarolli, e o coordenador de Promoção da Igualdade Racial, Luiz Fernando Costa de Andrade.
Em 2017, a Prefeitura não pôde investir na festa por conta do Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que impede o poder Executivo de subsidiar eventos que cobrem entrada ou mesa. Como esse ano a Fundart se encontra no mesmo impasse, a vereadora reuniu-se com as partes para dialogarem sobre as possíveis ações para 2018.
Para o ano de 2019, a organização pretende preparar agendas que trabalhem a cultura negra, incluindo a representatividade no Legislativo com a primeira vereadora negra na cidade e exposições que contem a história de resistência do Baile do Carmo.
Thainara salientou que é preciso tratar da história e da cultura do Baile com a juventude que não faz parte das famílias tradicionais. “O Baile, desde seu início, não é totalmente inclusivo; têm as famílias mais tradicionais que participam. É preciso fazer algo que inclua esses jovens que não participam e não conhecem a história da comunidade negra aqui na cidade.”