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Julho Verde promove conscientização de câncer de cabeça e pescoço

Para conscientizar as pessoas sobre o câncer de cabeça e pescoço, julho é conhecido como “Julho Verde”. O mês dedicado a essa doença surgiu em 2014, no Congresso Mundial da área, e tem como objetivo informar sobre a importância da prevenção precoce e de estar atento aos sinais da doença.

Segundo o médico cirurgião de cabeça e pescoço da Santa Casa de Araraquara, Alex Freitas Porsani, os casos mais comuns são na região da boca. “Os principais fatores de risco continuam sendo o cigarro e o álcool. Cerca de 90% dos pacientes que chegam ao hospital fumam ou bebem, ou já tiveram esse hábito em alguma fase da vida. Quando essas práticas caminham juntas, a ação carcinogênica do cigarro é potencializada”, afirma Porsani.

Além disso, nas últimas décadas tem aumentado a incidência da doença associada ao Papilomavírus Humano (HPV). “Temos visto isso em uma parcela mais jovem da população, por volta de 40 anos, que não fumou e/ou bebeu ao longo da vida. Esses novos casos geralmente estão ligados ao HPV, transmitido através do ato sexual sem proteção”, conta.

Diagnóstico precoce para o médico

O câncer de cabeça e pescoço pode ser evitado na maior parte das vezes. “Não precisa ter tecnologia, não precisa estar num centro de referência, só precisa abrir a boca. Com um palito e uma lanterna é possível realizar o exame”, conta Porsani. Por isso, muitos diagnósticos são realizados por dentistas.

É preciso ter atenção aos sinais

“Lesões que não cicatrizam, aftas, úlceras e feridas na mucosa que duram mais de três semanas devem, obrigatoriamente, passar por uma avaliação e biópsia. Caroço no pescoço, feridas na boca e rouquidão constantes também são alertas”, explica o médico. Após o encaminhamento de um dentista, um especialista em cabeça e pescoço deve ser procurado. A melhor forma de cura ainda é a prevenção.

Redação

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