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Mãe, um solo sagrado

Dia das mães é todo dia, lógico, mas convencionou-se lembrar do segundo domingo de maio para homenageá-las. Nada mais justo

Célia Pires/Colaboração

Vamos aprendendo que ser mãe não é somente ter filhos biológicos, mas, também aqueles do coração.

A pandemia trouxe uma maior convivência com a família e feliz daquele que teve a oportunidade de poder conviver com aquela que o trouxe ao mundo, pois muitos tiveram que ficar afastados, mas tiveram a oportunidade de abraçá-la outra vez, mas muitos que ficaram órfãos lamentam essa grande perda.

Nas narrativas que vamos lendo, ouvindo ou mesmo pela televisão observamos o quanto as mães de verdade se preocupam em dar amor, educação e colocar na mesa o pão de cada dia. Sozinhas ou acompanhadas. E mesmo nem sempre sendo valorizada ela continua se doando.

Cristina Rodolphe, mãe de João Victor e Isabella, conta que ser mãe é a coisa mais maravilhosa que existe. “É ter o coração batendo fora do peito, porque os meus filhos são o meu coração. Ser mãe é o dom mais precioso que Deus nos deu, pois é a continuação Dele aqui na Terra. Eu amo ser mãe”, conta, acrescentando que também é mãe de bicho se referindo a cachorrinha de estimação, Mel.

Madrinha Marina de Camargo explica que para ela, ser mãe é sentir o mais puro sentimento. “É saber que um ser de Luz se encontra protegido dentro do ventre materno. É sentir cada movimento do bebê e a barriga, como uma gangorra que vai e vem. Ser mãe é o ar que respiro todos os dias ao acordar. Meus amores Antonione Henrique Prado, de 32 anos, e Mariana Fernanda Prado, de 21 anos. O amor de mãe jamais acaba e segue dia a dia eternamente, nessa e pós vida”.

Quando conhecemos Sandra Tochio sua alegria, sua paixão e disposição em ajudar o próximo é algo digno de aplausos. Mas ela não está atrás disso, o que ela quer mesmo é poder ajudar. E ela se doa de várias formas. Uma hora está alegrando doentes em hospitais e instituições como a Tia Mala Vilhosa e em outra está alimentando bocas famintas de pessoas em situação de rua. Se ela tem problemas? Claro que sim. Mas se sente mais fortalecida e cheia de gratidão quando além de sua família, também doa um pouco de seu tempo para aqueles que precisam não só de alimento, mas também de uma palavra amiga, um gesto que provoque riso e alegre o coração.

Mas quando questionada sobre o que é ser mãe ela se derrete toda. “Ser mãe é, na verdade, conhecer o paraíso, pois Deus nos dá a graça da criação quando recebemos em nosso ventre o filho ou a filha, pois é uma bênção que vem vindo. Ser mãe é ser abençoada, é estar nas graças de Deus. Muito obrigada Senhor por ter me feito mãe e sempre pode abraçar meus filhos”.

Dona Maria

Para Dona Maria, de 77 anos, ser mãe é ser corajosa, amorosa e guerreira. ‘É sempre estar pronta para cuidar, perdoar, se preocupar, amar incondicionalmente. Uma mãe nunca tira férias e está sempre atenta com seus filhos para que sejam felizes e ficam felizes por suas conquistas. Tradução de mãe é amor. Feliz dia das mães a todas as mãezinhas’.

Sua filha, a jornalista Valesca Mendonça, ressalta que sua mãe é seu amor eterno. “Ela é minha vida. Seu exemplo de garra e perseverança me deixa cada dia mais orgulhosa de ser sua filha. Sua bênção minha mãe e parabéns pelo seu dia”.

Mãe solo

Cristiane Oliveira é mãe de Aisha, de 15 anos, e de Lekan, de 11 anos. Mãe solo há dez anos, ou seja, aquela que cria os filhos sozinha, se separou por conta de um relacionamento abusivo. “Crio sozinha há dez anos, sem pensão, com meu salário, com os bicos que faço. Sempre na luta do dia a dia. Sem reclamar. Só agradecendo a esses filhos maravilhosos que Deus e os orixás me deram”.

Ela conta que de tudo que viveu e sofreu nessa relação, uma das únicas coisas que não se arrepende é o de ser mãe. “Quando descobri que estava grávida, foi ao mesmo tempo um susto e uma sensação maravilhosa, pois sempre quis ser mãe. Tinha 35 anos. Achei que nem ia poder ter filho, apesar de que ainda era nova, tinha receios, várias preocupações e pela situação em que eu vivia achava que não ia poder ser mãe, mas para mim, foi a melhor sensação da minha vida saber que eu carregava um bebezinho dentro de mim. Achei que ia parar na Aisha e quando ela tinha 3 anos de idade descobri que estava grávida do Lekan. Foi um susto, pois já estava com 40 anos. Foi também uma sensação maravilhosa”.

Cris, como é chamada, conta que nunca teve medo de ser mãe. “Tenho as minhas joias raras, as minhas pedras preciosas. Eles são tudo para mim, apesar de ser mãe solo, não tenho dificuldade nenhuma em relação a isso, em dar carinho, em dar amor. Temos outros tipos de dificuldades, mas isso a gente corre atrás, pois o importante é criá-los bem, dar uma boa educação.

Para a filha Aisha, a mãe é uma heroína. “Para mim, ela é um grande exemplo, por tudo que nós passamos. Desde sempre batalhando para viver, principalmente, por conta de um pai agressivo que nós tínhamos. Então, eu tenho realmente minha mãe como um exemplo de nunca desistir e sempre ir em frente, pois, mesmo ali sofrendo, passando fome, passando tudo que passamos estamos aqui por causa dela, porque ela teve a coragem e a perseverança de sempre seguir em frente sem desistir. Então, para mim, a minha mãe é um grande exemplo de tudo, de vida, de sobrevivência e muito mais”, ressalta, acrescentando que sua mãe é uma pessoa guerreira. “Eu sei que ela sempre vai estar ali quando eu precisar. Ser filha é também você saber que vai sempre ter alguém ali para te acolher, estar com você, te acompanhar, que mesmo que você cair vai ter sempre alguém ali para te levantar”.

Redação

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