José Augusto Chrispim
Um grupo de cerca de 70 pessoas se reuniu no início da noite dessa sexta-feira (22), em frente ao Ginásio de Esportes Castelo Branco (Gigantão), para um manifesto contra a reforma da Previdência proposta pelo governo federal. O ato teve a participação de representantes de sindicatos e partidos políticos de esquerda, além de membros da sociedade civil.
O governo apresentou no dia 20 de fevereiro a proposta de reforma da Previdência Social. A proposta de emenda à Constituição (PEC) começará a tramitar pela Câmara dos Deputados. Se for aprovada, seguirá para o Senado.
Representantes do Sindicato dos Metalúrgicos e do SISMAR (Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região), do PCO (Partido da Causa Operária), Psol, além de estudantes e membros da sociedade civil, participaram de uma roda de conversa sobre as novas mudanças previstas na reforma da Previdência que devem atingir a todos os trabalhadores do Brasil.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Araraquara, Paulo Sérgio Frigere, a pouca adesão à manifestação se deve a dificuldade de se reunir os sindicatos da cidade, mas também à pouca divulgação do ato. “A cúpula do sindicato chamou a manifestação para São Paulo, por isso, também não conseguimos reunir muita gente aqui, mas temos que nos reunir e pensar em novas mobilizações contra a reforma da Previdência que vai atingir a todos os trabalhadores do país. Isso não vai parar aqui não. Vamos nos organizar e fazer outras mobilizações nacionais e Araraquara vai participar”, disse Frigere à reportagem do O Imparcial.
Já para o presidente do SISMAR, Agnaldo Andrade, o dia foi de lutar pela cidadania. “Hoje não estou aqui representando apenas o sindicato, hoje estou aqui como professor, como profissional, enfim, representando a todos os brasileiros. Hoje a nossa bandeira é a da cidadania”, ressaltou o sindicalista.
Movimento no Brasil
Em São Carlos, centenas de pessoas se reuniram pela manhã, para o manifesto. O ato teve como concentração a praça em frente ao Mercado Municipal por volta de 9h30 e, em seguida, em passeata, os manifestantes caminharam pela Avenida São Carlos entoando frases e palavras de ordem contra o governo de Jair Bolsonaro (PSL).
Adesão dos professores
Em Araraquara, quase 200 professores aderiram ao Dia Nacional de lutas e paralisações contra a Reforma da Previdência. A data foi convocada de forma unitária pelas centrais sindicais brasileiras e teve grande adesão da classe docente na cidade. Em Matão, quase 100% da categoria aderiu à manifestação.
O jornal pediu informações sobre o número de professores que teriam aderido ao movimento à Secretaria de Educação Estadual, mas até o fechamento da edição não obteve resposta. Porém, a reportagem conseguiu com um grupo de professores o total de docentes que não compareceram às escolas estaduais de Araraquara nessa sexta-feira (22).
Confira os números:
Escola Dorival Alves – 27
Maria Isabel Orso – 23
Ergília Micelli – 23
Jardim dos Oitis – 18
Victor Maida – 16
Alzira Dias de Toledo Pizza- 16
Francisco Pedro Monteiro da Silva (Chicão) – 12
João Batista de Oliveira (JBO) – 10
Lysanias de Oliveira Campos – 11
Léa de Freitas Monteiro – 09
Augusto da Silva César – 09
Parque Sérgio Pedro Speranza – 06
Vitor Lacorte – 06
Dinorá Marcondes Gomes – 06
Bento de Abreu (EEBA) – 05
Antônio dos Santos – 04
Santa Lúcia – 18