Início Destaque Taxas de juros caem pelo 12º mês consecutivo em fevereiro

Taxas de juros caem pelo 12º mês consecutivo em fevereiro

A melhora da conjuntura econômica nacional vem contribuindo para a continuidade das reduções nas taxas de juros das operações de crédito. Segundo análise do Núcleo de economia do Sincomercio com base nos dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (ANEFAC), todas as linhas de crédito pesquisadas, para pessoa física e jurídica, tiveram suas taxas de juros reduzidas em fevereiro. Em linhas gerais, as quedas são atribuídas tanto à existência de margem para reduções nas taxas de juros, que ainda se encontram em patamares elevados, como também à melhora do cenário econômico nacional, que diminui os riscos de inadimplência. Taxas de juros para pessoa física A taxa de juros média para pessoa física, que abrange seis tipos de linha de crédito, registrou queda de 0,59% no mês, passando de 6,75% a.m. (118,99% a.a.) em janeiro de 2019 para 6,71% a.m. (118,00% a.a.) em fevereiro de 2019, sendo esta a menor média desde fevereiro de 2015.

Na análise individual das taxas, os sistemas que apresentaram as maiores reduções foram o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) – modalidade mais utilizada no país para o financiamento de automóveis – e o Cartão de Crédito, que ainda se mantém como uma das categorias mais onerosas ao consumidor, ficando atrás apenas do Cheque Especial.

O CDC registrou queda de 1,73% em fevereiro, passando a taxa de 1,73% a.m. (22,85% a.a.) em janeiro de 2019, para 1,70% a.m. (22,42% a.a.) em fevereiro de 2019. É a menor alíquota desde janeiro de 2014 (1,69% a.m. – 22,28% a.a.). Já em relação aos juros do Cartão de Crédito, a redução foi de 1,04%, passando de 11,52% a.m. (270,03% a.a.) em janeiro de 2019, para 11,40% a.m. (265,28% a.a.) em fevereiro de 2019, a menor taxa desde janeiro de 2015 (11,22% a.m. – 265,28% a.a.). Expectativas de curto prazo Tendo em vista a melhora do cenário econômico, a expectativa para os próximos meses é de que a redução no risco de empréstimos e de inadimplência continue incentivando a concessão de crédito, bem como a ampliação do consumo e a geração de empregos. Considerando que as taxas de juros praticadas ainda se mantêm em níveis elevados quando comparadas com a média internacional, existe a perspectiva de continuidade nas reduções dessas alíquotas. Entretanto, ainda existe o risco de as taxas de juros voltarem a apresentar elevações frente às incertezas econômicas que vem pressionando a cotação do dólar, bem como outros fatores externos, como a elevação dos juros americanos, a guerra comercial entre EUA e China, a saída do Reino Unidos da União Europeia (Brexit) entre outros. Desse modo, ainda que as expectativas sejam positivas é fundamental agir com cautela e responsabilidade no momento da contratação de um financiamento. Recomenda-se, portanto, a busca pelas modalidades de crédito com menores custos de manutenção e planejamento financeiro a fim de evitar o comprometimento excessivo do orçamento, utilizando o crédito de forma consciente.

Redação

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