Ultimamente o que mais se vê estampado nos jornais é a palavra ódio. Palavra “odiosa”, cruel. Falam muito sobre o discurso do ódio. Eu entendo essas manifestações, essas falas em desespero, como um pedido de socorro, não de ódio ao outro.
É a voz de um povo cansado de ser ludibriado em todas as escalas políticas. Voz de um povo que lhes roubaram o direito de sonhar por um País mais digno, mais igualitário, menos reducionista . De uma Pátria que lhes pertence, e tal qual ladrões que entram em nossas casas e “roubam” bens materiais, aqueles que deveriam nos proteger entram em nossas vidas, em nossa alma e roubam nossas esperanças , nosso pão de cada dia , o alimento de nossos filhos, nosso direito de sonhar.
Homens que se engalfinham por um punhado de ouro. São tão pobres. A pior pobreza é a do espírito. Mas dessa pobreza são ricos. Todos aqueles que sonham por um País governado , não por desavergonhados, sim por pessoas que como eles desejam um país rico , onde irmão não mate irmão, sob a mira de tantos exemplos perversos. Onde a revolta não tenha morada.
O que me espanta que a máxima dos dias atuais, saídas de bocas carregadas de desamor, é que o discurso que o povo faz é o discurso do ódio.
Ódio é o que o MST posta nas redes sociais e fala abertamente, que se algo de ruim acontecer às pessoas que por ora estão sendo “verificadas” pelos desmandos, “vai ter guerra, vai correr sangue”. Isso é ódio…que pena.
E os pseudo intelectuais falam como se essa fala fosse do povo.
O País estagnou, o desemprego é a máxima de nossos dias
O povo honesto, trabalhador não quer guerra. Quer paz. Seu discurso é de cansaço, de apelo à justiça que lhes é de direito.
Exijo , como cidadão em respeito a nossa Carta Magna, um País onde a justiça passe a ser sua máxima.
O dia chegará, e que a justiça seja feita , mas que seja breve. O povo se cansou de andar cansado.
Darcy Dantas