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O desafio de Roque Júnior

O pentacampeão Roque Júnior foi apresentado oficialmente como novo diretor de futebol da Ferroviária. O ex-zagueiro do Palmeiras e da Seleção Brasileira participou de uma entrevista coletiva na tarde da última sexta-feira na Sala de Imprensa da Fonte Luminosa, onde, ao lado do presidente Carlos Salmazo, e do diretor executivo Pedro Martins, falou sobre o projeto que assumirá à frente da Locomotiva.
O ex-jogador comandará a construção das estratégias técnicas para a gestão da equipe profissional, categorias de formação e futebol feminino. Além do conhecimento prático adquirido ao longo dos anos dentro de campo, Roque Júnior também apresenta preparo no campo acadêmico. O profissional obtém especializações em cursos na área técnica e de gestão, em instituições como a Universidade Trevisan, Universidade do Futebol, entre outras. “Estou muito feliz por ter vindo para a Ferroviária. Na verdade aceitei porque vim aqui conhecer mais de perto, umas duas semanas antes, o que é a organização da Ferroviária e, com as informações que eu tinha, isso me deixou mais contente e certo da minha escolha. Hoje eu venho para uma função que não vinha fazendo nos últimos anos, mas que fiz por  alguns anos depois que parei de jogar”, explicou.
José Vítor Roque Júnior tem 41 anos e nasceu em Santa Rita do Sapucaí-MG. Foi revelado em 1993 pelo time de sua cidade natal, o Santarritense, e um ano depois acertou sua transferência para o São José. Em 1995 chegou ao Palmeiras, onde viveu grande fase até 2000, inclusive como titular da campanha que resultou no título da Libertadores da América de 1999. Deixou o Palmeiras para atuar pelo futebol europeu, onde defendeu Milan (Itália), Leeds (Inglaterra), Siena (Itália), Bayer Leverkusen e Duisburg (ambos da Alemanha), Al-Rayyan (Catar), antes de voltar ao Palmeiras em 2008 e encerrar sua carreira no Ituano em 2010.
Roque Júnior teve várias experiências em funções fora das quatro linhas, Já foi proprietário de um clube, o Primeira Camisa, onde atuou na parte de gestão. Atuou ainda como diretor de futebol do Paraná Clube e integrou a comissão técnica de Felipão na Copa de 2014. Teve ainda duas experiências como técnico, à frente de XV de Piracicaba e Ituano.
O profissional assegura que toda essa bagagem lhe dará uma segurança para colocar em prática o planejamento afeano. “Hoje me sinto preparado. No futebol de hoje, as coisas estão muito atreladas umas às outras. A questão sistêmica hoje faz parte do futebol, então a experiência que tive como treinador hoje me serve como gestor e a experiência que tive como gestor também me serve como treinador. E é o futebol, aquilo que sempre fiz e quero continuar fazendo. Espero contribuir à altura e as expectativas da diretoria e dos torcedores e tenho certeza de que a Ferroviária tem um grande caminho pela frente, por estar reestruturando e reorganizando nos últimos anos a maneira de pensar e executar o futebol”, explicou.
Um dos problemas enfrentados pela Ferroviária é a receita inferior à de seus concorrentes nas competições que disputa. O novo diretor de futebol analisou a situação. “É bem complexo. Claro que a parte do investimento financeiro é importante no futebol, mas você tem que tentar construir isso. Aí você constrói com várias situações como campo, patrocinadores e a melhora da marca da Ferroviária, que vai trazer mais exposição, além da organização dentro do próprio clube. Tudo isso vai gerar uma valorização e de alguma forma a ideia é conseguir que a Ferroviária tenha uma estabilidade financeira maior. Para isso, é importante que em um período de cinco a seis anos, a Ferroviária chegue à elite do Brasileiro, ou mesmo a Série B, ao mesmo tempo em que integre a Série A1 do Paulista. Isso, de certa forma, vai trazer uma melhora nesse quesito financeiro, mas com isso é possível trazer outras coisas e reinvestir esse dinheiro”, analisou Roque Júnior, que agora volta suas atenções para a busca de um técnico que comandará a equipe na Copa Paulista em agosto e consequentemente no Paulistão do ano que vem.

Redação

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