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O fogo ainda arde

Da redação

Apesar da assessoria da deputada Márcia Lia (PT) tentar explicar as notícias de ocupação de áreas por famílias sem teto, o fogo que derreteu o prédio de 24 andares, no Centro de São Paulo, continua ardendo. Ontem, como matéria principal no site ‘O Antagonista’ foi postada mais uma nota, a respeito do assunto, que foi adiantado pelo O Imparcial na edição dessa terça-feira (8). A assessora parlamentar Edinalva Franco é dirigente do MMPT (Movimento Moradia Para Todos) e responsável pelo contato do mandato com os movimentos de moradia.

Em nota, a assessoria de imprensa da deputada Márcia Lia, que é coordenadora, na Alesp, da Frente Parlamentar pela Habitação e Reforma Urbana, disse que o MMPT nada tem a ver com a ocupação do edifício que desabou no Largo do Paissandu. O mandato está acompanhando, junto das autoridades e movimentos por moradia digna, os encaminhamentos para se evitar que novas tragédias se repitam. O mandato da deputada Márcia Lia trabalha para que os imóveis sem função social, que apenas servem à especulação imobiliária, sejam disponibilizados para fins de reforma urbana e moradia digna às famílias sem teto.

Cobrança de aluguel

Leandro Narloch, da Folha de S. Paulo, reproduziu mensagens de WhatsApp de Ednalva Franco, filiada ao PT desde 1990 e assessora da deputada estadual Marcia Lia, onde ela cobra supostos aluguéis de moradores de edifícios invadidos.

Ela diz:

“Quem está aberto em abril, eu aconselho vir urgente acertar. Quem não vier, à noite estarei na porta. Nem se for 2h da manhã eu vou bater para cobrar.”

E também:

“Senhores porteiros da rua Marconi: a Conceição, do 4º andar, o prazo dela acaba no domingo. A partir de segunda ela não entra mais no prédio, só se for para retirar as coisas.”

Ednalva Franco controla quatro prédios ocupados pelo MMPT e cobra aluguel dos sem-teto. Um deles disse para a reportagem:

“Além do aluguel, a coordenadora sempre inventa uma taxa nova para o pessoal pagar”, post d´O Antagonista.

O calor do incêndio que destruiu o prédio ainda é sentido pelas partes envolvidas

Nota de esclarecimento

“Os movimentos sociais não podem ser criminalizados pela luta que travam por direitos básicos previstos pela Constituição e que são negligenciados por muitos governos. Não aceitamos a criminalização dos movimentos sociais. Não admitimos a falta de políticas públicas de habitação no Estado de São Paulo. A luta por moradia é justa e tem nosso apoio e sempre terá.

Este é um momento que exige coragem de todos nós para enfrentarmos o debate que está sendo colocado para a sociedade: o de tornar crime essa luta e criminosos seus membros. O mandato da deputada estadual Márcia Lia cumpre na Assembleia um papel fundamental, de apoio aos legítimos movimentos de moradia e assim continuará trabalhando.

A deputada Márcia Lia coordena a Frente Parlamentar pela Habitação e Reforma Urbana, na Assembleia Legislativa de SP, e tem entre seus assessores parlamentares a dirigente do Movimento de Moradia Para Todos, Edinalva Franco. Sua função é estabelecer a interlocução do mandato com movimentos de moradia com o objetivo de elaborar políticas públicas e cobrar dos governos uma solução para a falta de moradia.

Sobre reportagem veiculada nesta quarta-feira, 09, pelo jornal Folha de S. Paulo, cumpre salientar que, como dirigente do MMPT, Edinalva Franco responde pela manutenção das condições de habitação nas ocupações que lidera e está à disposição para dirimir dúvidas.

O mandato tem certeza de que tudo será esclarecido. Reiteramos que o mandato estará ao lado da verdade e do compromisso com trabalhadoras e trabalhadores que necessitam de políticas públicas que há muito tempo não são uma prioridade do governo paulista”.

Redação

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