Artigo por _ Geraldo Gomes Gattolini
O suicídio está aumentando no mundo. O governo japones lançou no começo deste ano uma campanha visando reduzir os casos de suicídios entre os jovens que cresceram mais de 300% no últimos 25 anos. A Rússia também está preocupada com o aumento de suicídios entre a população acima de 60 anos. A Coréia do Sul tem um dos maiores índices entre os jovens de 15 a 25 anos. Nos Estados Unidos o suicídio na população adulta cresceu 250% nos últimos 20 anos. Concentra-se mais entre a população que mora no oeste e no meio-oeste americano. As autoridades falam que o crescimento do suicídio entre os norte-americanos deve-se ao padrão de vida que caiu muito a partir de 2008, quando se estabeleceu a grande crise bancária que abalou os Estados Unidos e Europa. As aposentadorias pagas pelos fundos de pensão desde então ca& iacute;ram cerca de 50%.
No Brasil o IBGE indica que, em 2016, cerca de 11 mil brasileiros se suicidaram. Comparado aos grandes países do mundo, a taxa de suicídio no Brasil é das mais baixas. Ela não se concentra em nenhuma faixa de idade. Para cada 10 homens que se suicidam, registra-se apenas uma mulher. As brasileiras são mais resistentes às ideias de abandono do corpo físico para fugir das doenças e das perturbações mentais.
A Organização Mundial da Saúde considera que nos países onde a política de saúde mental é negligenciada pelas autoridades nacionais, o suicídio é significativamente um problema de estado. Ela fez duras críticas ao tratamento mental dos Estados Unidos. No meio-oeste americano não há nenhum estado com uma política consistente de saúde mental. A China, segundo relatório da OMS, esconde as estatísticas sobre as causas das mortes entre os chineses. É proibido divulgar assuntos ligados ao tema.
As causas dos suicídios estão relacionadas às drogas, ao desamparo social e familiar e á falta de perspectiva de vida. O ministro da Educação da Coreia do Sul, em palestra proferida na ONU, disse que o governo está preocupado com as mortes precoces dos jovens, principalmente na área estudantil do segundo grau.
No Brasil, a baixa remuneração do SUS pelos serviços prestados por hospitais e clínicas particulares é apontada como um problema dos mais sérios a ser resolvido nos próximos anos.