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O ÚLTIMO BABAQUARA

Por Tito Cassoni

A música é uma arte. Para muitos a mais bela. Ela nos leva,
eleva e enleva a um mundo surreal e imaterial. Ela nos envolve
nos arrebata e mexe com nosso corpo provocando outra arte
que é a dança, resultando uma coreografia de sons, ritmos e
cores exuberantes. A música, como toda arte, é uma
manifestação estética. Para reconhecer uma boa música precisa-
se de bom gosto e educação auditiva, embasado num pouco de
cultura para percebê-la melhor e em profundidade. Não basta
ouvi-la. É preciso senti-la. “Nenhuma cultura se completa sem o
conhecimento da música”, frase axiomática que procrastinei em
anotá-la e perdi o nome do seu autor. Reconheço a heresia.
Uma música, para ser completa, necessita de harmonia, que é a
parte da música que estuda a combinação dos sons ou acordes,
cujas sequências constituem a melodia. A harmonia pode existir
de per si, mas não existirá a melodia sem a harmonia. Além
desses dois fatores a música exige o ritmo que é a marcação do
tempo da música. Esses são fatores imprescindíveis. Uma música
popular pode conter, também, uma letra, que é a poesia da
mesma e finalmente uma interpretação que nada mais é do que
a poesia cantada. As músicas modernas só possuem ritmos. Uma
simples bateria bem batida é suficiente. São músicas feitas para a
dança.
Para ouvir uma música o único sentido exigido é a audição. E
para compor uma música, o que se faz necessário? Talento.
Apenas talento. Nem ouvir precisa, como demonstrou
Beethoven, que era tão surdo que nem o surdo ouvia e fez
músicas maravilhosas! E o mais curioso, para fazer música, nem
música precisa saber! Beethoven ouvia, apenas, as suas músicas.

Redação

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