Maioria dos brasileiros da classe C quer continuidade da Lava Jato
Uma pesquisa inédita realizada pelo Instituto Data Popular com a classe C em todas as regiões do Brasil revela que 74% desejam que a Operação Lava Jato continue. Além disso, 51% avaliam a força-tarefa como ótima ou boa. O levantamento, denominado Data Check-up Brasil – Classe C, aponta também que o apoio é seguido de uma visão crítica de 43% dos entrevistados, que afirmam que a ação prejudicou a economia do país. Essa é a primeira pesquisa com foco exclusivo nesse segmento social, que representa mais da metade da população.
Entre os que defendem a manutenção da Operação, a maioria é de mulheres (79%), com 35 a 44 anos (79%) e ensino médio e superior completo (79%). Outros 21% querem o fim da Lava Jato e 5% não souberam opinar. O percentual que avalia a força-tarefa como ruim ou péssima é de 27%.
Além disso, a maioria dos entrevistados acredita que a Lava Jato é um importante instrumento de combate à corrupção (74%) e que políticos e empresários terão um comportamento mais honesto a partir da ação (57%).
Perseguição política e corrupção
Em outra frente, para 53%, juízes e promotores utilizam a ação para perseguir adversários políticos e que a força-tarefa comete muitos excessos, impedindo que os denunciados tenham direto à ampla defesa (42%).
O levantamento aponta ainda que a maioria dos entrevistados percebe corrupção nos três poderes e no empresariado brasileiro. Outro dado de destaque é sobre o grau de corrupção: 92% opinaram que ela está muito presente no Poder Legislativo, 86% no Executivo, 80% no Judiciário e 87% entre os empresários.
Operação tem que punir os culpados e absolver os inocentes
Para o presidente da Câmara Municipal de Araraquara, o vereador Tenente Santana (MDB), a Operação Lava Jato deve dar continuidade aos trabalhos. “Penso que a Operação Lava Jato tem que dar continuidade ao grande trabalho que vem prestando para a população do país. Ela já esclareceu diversos crimes que deram grandes prejuízos aos cofres públicos, e acho que deve continuar esclarecendo. Muita gente importantíssima já foi presa nesta operação que tem o apoio dos brasileiros. Porém, espero que ela puna os culpados e absolva os inocentes”, opinou Santana.
Melhora na economia
Apesar do contexto político, a maior parte da classe C é otimista com relação ao cenário econômico do país e aposta em uma melhora nos próximos meses (38%). Para a maioria (53%), haverá ainda um avanço na renda pessoal.
O objetivo do Data Popular é que a pesquisa, com foco específico na classe C, seja realizada mensalmente, abordando assuntos sobre opinião pública/comportamento e mercado/consumo. Nessa primeira edição, o Data Check-up Brasil – Classe C traz um panorama do cenário econômico brasileiro, corrupção e Operação Lava Jato, consumo de mídia/redes sociais e relação com instituições financeiras.
A pesquisa ouviu 1.020 pessoas com renda entre R$ 1.646,95 e R$ 4.144,67, em 33 cidades brasileiras (escolhidas a partir de critérios populacionais), sendo 19 delas capitais. A margem de erro do levantamento, realizado entre os dias 4 e 18 de setembro, é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Escola cívico-militar em debate
A audiência pública que debateu o projeto da escola cívico-militar, do Ministério da Educação, que pretende instalar e operar 216 unidades de ensino com padrão militar em todo o país, até 2023, realizada na Câmara Municipal de Araraquara, nesta semana, se transformou em um confronto político entre simpatizantes de partidos de esquerda e direita. Defensores e pessoas contrárias ao projeto tiveram em média 3 minutos para opinar sobre o assunto.
Os dois plenários da Casa de Lei ficaram lotados e, em alguns momentos, os ânimos ficaram exaltados e foi preciso a intervenção da Guarda Civil Municipal, que reforçou o efetivo para evitar confusões.
Segurança dos jovens na escola
O coronel PM Prado fez uma defesa do projeto proposto pelo governo federal e disse que se preocupa com a segurança dos jovens nas escolas. “Eu trabalhei na ocorrência onde cinco jovens foram mortos em uma escola, na cidade de Suzano, e essa tragédia me marcou muito. Ver aqueles jovens sangrando no chão e ainda ter que dar a notícia aos pais, me deixou muito comovido. Por isso, eu defendo a segurança de nossos jovens na escola militar. O pátio de uma escola é um lugar sagrado. A escola cívico-militar desempenha um serviço de excelência. Nós não estamos militarizando as escolas públicas, mas estaremos colaborando com os professores. Eu defendo a implantação em todo o país e não só em São Paulo”, defendeu o PM.
Escolarizar os quartéis
Já o professor Álvaro Guedes questionou a ‘hierarquia de mando, sem contestação’, que segundo ele, é a regra básica da disciplina militar. “É uma questão de segurança pública e não de educação, de natureza pedagógica, o que aconteceu na escola de Suzano, por exemplo, onde cinco jovens foram mortos. A história nos mostra o valor dessas escolas militares na formação dos jovens, porém, a organização militar tem como premissa a hierarquia de mando, onde a subordinação é uma premissa. O que precisamos na escola é ter valores, não pela linguagem da imposição, mas pela linguagem do afeto, do amor. E isso não pode ser confundido. Eu proponho a escolarização dos quartéis”, sugeriu.
Educação e não segurança
O estudante de Letras da Unesp, João Neto, destacou a sua insatisfação com o projeto. “Acho muito triste debater aqui segurança ao invés de debater a educação. O mesmo policial que mata a noite vai dar aula de manhã? Escola é para ensinar e tem que ser gratuita e para todos. Outro ponto que me preocupa é o alto número de casos de abusos em escolas militares”, questionou o universitário.
Sem decisão
Araraquara continuará sem escola militar. Ao menos por enquanto, pois a secretária municipal da Educação, Clélia Mara Santos, falou, durante a audiência pública que a cidade não se enquadra nos critérios estabelecidos pelo Governo Federal. “Essa cidade, em que pese os cinturões em que a situação não é um mar de rosas, ainda assim, não somos um município qualificado em nenhuma estatística por nenhum órgão como de vulnerabilidade social. E não somos, no que tange as escolas pertencentes à rede municipal de educação avaliadas como indicador de baixo IDEB”, disse a secretária.
Questionado sobre o tema pela reportagem do jornal O Imparcial durante entrevista coletiva, na semana passada, o prefeito Edinho Silva (PT) relatou que muitos municípios não aderiram ao programa federal em todo o país, em sua opinião, pelo mesmo motivo que Araraquara. “A educação é regida pela LDB, que estabelece o Plano Municipal de Educação, aprovado em conferência e o nosso é de 2015, com revisão em 2018. Se nós vamos mudar o modelo pedagógico das escolas, isso deve passar por nova conferência, não é o prefeito quem muda”, resumiu Edinho.
Baleia Rossi é presidente nacional do MDB
O ex-prefeito Marcelo Barbieri e o vice-presidente do Diretório local do MDB, Marcos Daniel, representaram Araraquara na convenção do partido que elegeu Baleia Rossi seu presidente nacional. Emedebista histórico e ex-presidente nacional, Marcelo Barbieri será integrante da comissão de ética nacional do partido.
Marcos Daniel, delegado nacional pela juventude defendeu a renovação do partido que Baleia Rossi representa. “O partido tem a chance de escrever uma nova história e Baleia Rossi representa a união e a renovação democrática do MDB Nacional”, opinou.
Principal dobrada de Marcos Daniel nas eleições de 2018, Baleia Rossi acredita que Daniel está preparado para representar Araraquara na Assembleia Legislativa e o partido aposta em uma nova dobradinha Marcos Daniel e Baleia Rossi para as eleições de 2022, mas dessa vez com a força do Presidente Nacional do MDB ao lado. Marcos deve coordenar a campanha do partido nas eleições de 2020.
PL Araraquara promove Ciclo de Formação Política
No sábado (28), no Espaço Cultural Arte & Bola, aconteceu a 3ª edição do Ciclo de Formação Política do PL Araraquara. Na ocasião, o presidente da legenda, Zé Branco, apresentou as novas regras para as Eleições 2020 e recebeu os sete novos filiados.
Entre os destaques das novas regras explicadas pelo advogado Zé Branco, foi sobre as coligações entre outros partidos que poderão ser feitas apenas para prefeito. Para vereador, em 2020 estará proibida, por isso, a importância do fortalecimento da legenda para que seja possível uma chapa forte e coesa.
De acordo com o presidente Zé Branco “o encontro foi importante para passar informações para os pré-candidatos e pessoas interessadas em ingressar na política, diante da mudança eleitoral dos últimos anos. É imprescindível conhecermos as regras para respeitar a legislação e não cair em infração eleitoral. Nós, do PL Araraquara, faremos uma pré-campanha e campanha de forma séria e transparente”, disse.
A 1ª Edição do Ciclo de Formação Política do PL foi em junho, abordando a Administração Pública Sob a Ótica da Política, com o Diretor de Relações Institucionais, Sérgio Sgoobi. Em julho, o tema do 2º encontro foi a Segurança Pública, com o Tenente Coronel da PM, Lidio Guariglia Costa Júnior.