Pastel por quilo que você pode colocar o que quiser dentro e os tios fritam na hora. A bancada de recheios tem tudo: milho, frango, queijo, abacate. Fila super. Passamos reto.
O sertanejo tá que tá fumegando.
Pede um temaki, ganha outro. Pede porção de hot roll, ganha outra. Paramos nesse. “Pode ser sem cream cheese, moço?” “Não dá, moça, a massa chega pronta pra nós!” “-Hãããã?”. A guria não é exigente, sem frescuras, manda vir a massa pronta mesmo. Mas, na primeira mordida ela recua: “Tia, no meu caso, eu posso jantar açaí? O temaki tem gosto de pasta de dente…”. Permito, discordo, como os dois.
O tecno putz jovem pan tá que tá fumegando.
Vamos ao açaí. Conseguir mesa com cadeiras desocupadas é uma missão que exige coragem, alguma força física e técnica. Tenho as três, tudo certo. 60 tipos de cobertura (é literal) e a guria ta no céu. Chocolate, confete, morango, farofa doce, leite ninho, dadinho, leite condensado.
O pagode tá que tá fumegando.
Mãe grita com os filhos, criança derruba Sprite no sapato. Tem uma pipa voando no meio da noite, no meio dos fios, sobe, desce, juro, tem alguém que está fazendo isso.
Na loja de esfihas, comprando 10 leva 12. Cliente pede a cerveja mais gelada e rola solto um DVD do Lulu Santos.
O sertanejo, o putz putz, o pagode, o Lulu, todos estão no volume máximo permitido. Moto passa acelerando, carros no batidão do funk, os sons se misturam e formam o inferno em uníssono.
Ela quer trazer o avô da próxima vez, “só pra gente ver o que acontece”. Juntas, concluímos que a Galeria Center Fonte é a 25 de Março das comidas.
Carolina Guimarães
