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Praça Scalamandré Sobrinho pede socorro

José Augusto Chrispim

Descaso! Esta foi a palavra utilizada pelo comerciante Marcão da Cocada, para descrever o sentimento dos proprietários dos quiosques localizados na Praça Scalamandré Sobrinho, na Fonte Luminosa. Marcão, que é proprietário de dois quiosques no local, teve um deles furtado na madrugada dessa quinta-feira (22), pela sexta vez.

A reportagem do O Imparcial conversou, com exclusividade, com o comerciante que relatou sua indignação com o tratamento dispensado pela prefeitura municipal aos comerciantes do local, que não possuem nem mesmo um banheiro para uso pessoal.

“Esta noite eu fui furtado pela sexta vez seguida no meu quiosque e tive um prejuízo de R$ 6 mil. Quem vai pagar meu prejuízo? Eu tinha colocado uma grade para tentar evitar os roubos, mas o prefeito Edinho entrou com uma ação contra nós na justiça pedindo a retirada da proteção, alegando que eu mexi na estrutura do prédio. Agimos dentro da lei e fizemos a retirada das grades e agora cadê a segurança? Se a prefeitura não tem condições de dar segurança para o povo então não podem cobrar impostos. Cadê os guardas municipais? Estou trabalhando e não tenho segurança nenhuma aqui para nos respaldar em uma praça pública que é patrimônio de Araraquara e que é frequentada por famílias. Esperamos uma resposta do poder público”, resumiu Marcão.

Abandono

Marcão relatou também que o único banheiro da praça não possui manutenção e é utilizado, constantemente, como ponto de prostituição homossexual, de venda e consumo de entorpecentes. A reportagem flagrou dois indivíduos no interior do banheiro no momento que conversava com o comerciante.

“O movimento dentro do banheiro é o dia todo. Isso é uma vergonha, eles fazem sexo em plena luz do dia sem se importar com as crianças que frequentam o local. Onde estão os guardas municipais que deveriam proteger os prédios públicos? Quando a gente chama, eles dizem que não têm viatura para atender a ocorrência. De tempos em tempos um vereador aparece aqui e diz que vai tomar alguma providência, mas, são só promessas, sem atitudes, sem solução. Não adianta olhar, tem que resolver senhor prefeito e vereadores”, concluiu Marcão.

Falta de segurança

O principal problema apontado pelos comerciantes foi a falta de segurança na região. “Na outra gestão do Edinho, ele determinou que os portões da praça fossem abertos às 6h da manhã e fechados à meia noite, com isso se evitava o trânsito de pessoas aqui dentro durante a madrugada, porém, hoje os portões ficam abertos 24 horas por dia facilitando a vida dos ladrões e traficantes. Quando a gente pede para eles fecharem, dizem que não têm guardas disponíveis. Pagamos nossas taxas e impostos em dia, mas não temos o mínimo de estrutura para trabalhar com tranquilidade. Nós já estamos cansados disso, o poder público precisa tomar alguma atitude”, desabafou o comerciante.

Situação inadmissível

O vereador José Carlos Porsani (PSDB) esteve no local e relatou para a reportagem que acompanha o drama dos comerciantes do há algum tempo e sabe das dificuldades vividas por eles. “É uma vergonha o descaso da prefeitura com esses trabalhadores que não têm nem um banheiro para usar. A praça hoje não atrai mais as famílias que não se sentem seguras. A prefeitura precisa colocar guardas municipais aqui para garantir o uso desse espaço público pelos cidadãos de bem. Não é possível que nada seja feito pela prefeitura. Hoje mesmo eu estarei enviando um pedido ao executivo para que providências sejam tomadas aqui, urgentemente”, prometeu o vereador.

Redação

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