A Prefeitura de Araraquara enviou para a Câmara Municipal um projeto de lei, que prevê alterações significativas no PCCV da Educação. O Sismar alega que o Executivo deveria ter ouvido a categoria antes de encaminhar o projeto para a Casa de Leis.
Em linhas gerais, o governo, via Secretaria Municipal da Educação, muda a lei para poder colocar professores PI para dar aulas nos anos finais e PII nos anos iniciais da Educação Básica, além de outras alterações, com a justificativa de ajudar as crianças com déficit de aprendizagem por causa da pandemia, para cumprir um programa chamado “Educa Mais Araraquara”.
“Sim, as crianças estão com dificuldade. Sim, isso prejudica o aprendizado. Contudo, a Prefeitura quer mudar a rotina de mais de 2 mil servidores sem conversar com eles?”, questiona o Sindicato.
Para o Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (Sismar), a intenção velada do projeto seria reorganizar os servidores conforme a necessidade da Secretaria da Educação para disfarçar a falta crônica de profissionais, sejam professores, agentes educacionais e outros tantos que faltam há anos nas escolas da rede municipal.
O projeto chegou a entrar na ordem do dia da Câmara, mas foi retirado da
(foto: câmara) pauta pelo líder do governo antes de ser debatido. Nessa terça-feira (19),
participou da Tribuna Popular a servidora Bernadete Ferreira de Couto, credenciada pelo Sismar, para falar sobre o Projeto de Lei nº 164/2022, que estabelece adequações na terminologia da escolaridade exigida aos profissionais do quadro do magistério, ampliando e organizando campo de atuação dos docentes.
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