Com a intensidade das chuvas de verão, aumenta a infestação de três mosquitos em Araraquara – Aedes aegypti, Aedes albopictus (mosquito tigre asiático) e Culex sp. O mais perigoso desses mosquitos, o Aedes aegypti, provoca a dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
Por isso, já neste início de 2021, com todos os devidos cuidados por conta da pandemia da Covid-19, equipes do setor de Controle de Vetores da Secretaria Municipal de Saúde reforçaram as ações de combate aos mosquitos, principalmente nos bairros com mais incidência. Também fazem as orientações de praxe à população sobre como evitar os criadouros.
As ações das equipes de Controle de Vetores durante a pandemia incluem visitas casa a casa, bloqueio de transmissão em pontos estratégicos de criadouros (como ferros velhos, borracharias e reciclas), bloqueio de armadilhas com alto índice de infestação e realização de nebulização costal para o controle de alados.
As ações ainda envolvem uma equipe em locais de grande circulação de pessoas, outra de notificação que atende denúncias sobre locais com grande infestação e a fiscalização de terrenos e imóveis disponíveis para aluguel.
Armadilhas
Outra forma de combate aos criadouros são as 920 armadilhas instaladas em toda a área urbana de Araraquara. Esses equipamentos capturam a fêmea do Aedes aegypti e indicam quais os bairros onde é maior a infestação para as ações mais diretas das equipes. Semanalmente, todas as armadilhas são vistoriadas na cidade.
O coordenador de Vigilância em Saúde, também órgão da Secretaria Municipal de Saúde, Rodrigo Ramos, ressalta a importância das ações, “tanto da Prefeitura quanto da população, para evitar a incidência da dengue”.
Vale destacar que em 2020 as operações de combate aos criadouros do Aedes, realizadas por toda a cidade, resultaram no recolhimento de 1.017 toneladas de lixo descartável, como copos plásticos e garrafas pet, entre outros inservíveis.
Também no ano passado foram registrados 231 casos de dengue em Araraquara, 99% menos que os 23.134 contabilizados na epidemia de 2019. Nos 18 primeiros dias de 2021 são dois casos confirmados.
Atenção redobrada
Rodrigo Ramos reitera que neste período do ano a população deve ficar bastante atenta em relação aos locais que provocam criadouros do Aedes aegypti. “Ao menos uma vez por semana é importante verificar residências e quintais”, enfatiza.
Tapar a caixa d’água e as lixeiras, manter calhas limpas, deixar garrafas viradas com a boca para baixo, os ralos limpos com aplicação de tela, preencher pratos de vasos de plantas com areia, verificar potes de água para animais e retirar a água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa e da geladeira, são algumas das providências necessárias.
Também é preciso cobrir e fazer a manutenção periódica de áreas de piscinas e de hidromassagem, limpar ralos e canaletas externas, ter atenção com bromélia, babosa e outras plantas que podem acumular água, manter lonas usadas para cobrir objetos bem esticadas para evitar a formação de poças d’água, e verificar as instalações de salão de festas, banheiros e copa, além de separar o lixo úmido do lixo seco, e fazer o descarte adequadamente.