O Programa Tarifa Zero em Araraquara, cujo objetivo é proporcionar acesso ao transporte público de forma sustentável, necessita de alguns ajustes. Esta é a análise feita pelo vereador Aluisio Boi (MDB), ao constatar que os valores pagos por funcionários de todos os setores que utilizam o Vale Transporte continuam os mesmos praticados antes do início da vigência do programa. Ou seja: o desconto em folha de pagamento permanece em 6% do salário base, sem nenhum benefício ao empregado.
“Vale ressaltar que os trabalhadores respondem por cerca de 50% da ocupação dos coletivos da cidade”, observa o vereador. Segundo Boi, “para a manutenção do Fundo Municipal de Transporte Público, uma alternativa seria a criação de tarifas escalonadas e diferenciadas, o que se reverteria em benefício para os usuários de uma forma geral e um aporte aos cofres públicos”.
Nesse sentido, Boi enviou a Indicação nº 2618/2025, sugerindo a implementação de quatro faixas tarifárias independentes, sem prejuízo aos cidadãos que utilizam o transporte coletivo diariamente.
São elas:
A – Tarifa cheia – adotada para empresas, o que, em valores atuais, com reajuste da inflação, seria em torno de R$ 5,70.
B – Tarifa para a população – permanece em R$ 5
C – Tarifa Estudantil – permanece em R$ 2,50
D – Tarifa Zero – para cidadãos com idade acima de 65 anos. Já em vigência.
Para atender uma faixa maior de idosos, a indicação solicita também a ampliação da Tarifa Zero para pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. “Cidadãos com mais de 60 anos já têm essa gratuidade garantida por leis municipais em cidades como São Paulo, Vargem Grande, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras. A adoção dessa medida beneficiaria uma grande parcela da população que hoje está à margem do benefício”, aponta Boi.
Também assinam essa indicação os vereadores Alcindo Sabino, Fabi Virgílio, Filipa Brunelli, Maria Paula e Paulo Landim, do PT, além de Guilherme Bianco (PCdoB) e Marcão da Saúde (MDB).