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Projeto inovador leva jovens do ensino médio para universidades dos EUA

O projeto feito em parceria com o CDMF/FAPESP também atrai tenistas estrangeiros, provendo intercâmbios internacionais

Seis jovens brasileiros, três homens e três mulheres, que acabam de concluir o ensino médio, foram selecionados para receber bolsas de estudos universitárias nos Estados Unidos. Essa conquista de ingresso mundo universitário americano é fruto de um projeto inovador que alia esporte e ensino e cria oportunidades para a internacionalização da educação a partir do ensino médio, realizado em parceria do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF/FAPESP), com sede na Universidade Federal de São Carlos, e a WIN – International Tennis Academy.

Localizada em São Carlos, a WIN é uma academia especializada em tênis competitivo, tendo formado centenas de jogadores de alto desempenho, entre os quais grandes profissionais do tênis brasileiro. O grupo de recém-formados no ensino médio que está a caminho dos Estados Unidos é integrado por Leonardo José Ferrazza Marin (College of Coastal Georgia), Gabriel Hideki Kian (Columbia College), Marília Scarpati Curcioli (University of South Florida), Lorena Pedrisa Orsi (Abraham Baldwin Agricultural College), Artur Florenzano Lovison (Abraham Baldwin Agricutural College) e Pietra Sanches Ferreira (Northwestern College).

Por meio da parceria com o CDMF, que desenvolve um programa de difusão do conhecimento, além da formação específica para o tênis, os atletas participam de ciclos de palestras proferidas por renomados cientistas, doutorandos e mestrandos, sob a coordenação de Elson Longo, Professor Emérito da UFSCar e diretor do CDMF; e da Profa. Dra. Maria Aparecida de Moraes Silva, autora de mais de 20 livros e Prêmio Jabuti.

Neste programa de difusão do conhecimento, os tutores acadêmicos ministram cursos em áreas como ciências exatas, biológicas e letras, numa linguagem acessível a partir de temas da atualidade e do cotidiano, porém com abordagem aprofundada que visa a preparação dos tenistas para o ingresso nas universidades dos Estados Unidos. A WIN dispõe de um auditório completo para aulas teóricas e apresentações audiovisuais. “Estamos na era da informação rápida e superficial, pretendemos nos ater a temas relevantes, com explanações que mergulham além da camada do ensino médio”, comenta Elson Longo Júnior, head coach da WIN.

Até agora já são 32 bolsas em universidades americanas conquistadas por meio do projeto. As bolsas conseguidas estão na faixa de R$ 750 mil a um milhão e meio de reais, que já totalizam mais de R$ 30 milhões em bolsas esportivas para jovens tenistas brasileiros estudantes do ensino médio.

O diretor do CDMF destaca que o projeto muda a vida destes jovens. “É um projeto inovador de internacionalização para o ensino médio. Esses jovens recebem bolsas de estudo e ingressam nas universidades americanas sem prestar vestibular. Ao final, recebem um diploma de uma universidade americana, têm fluência em língua inglesa e são profissionais mais qualificados no mercado de trabalho no Brasil e internacionalmente”, afirma Longo.

Na WIN os jogadores melhoram seu nível de tênis, atingindo os “standarts” exigidos pelas universidades americanas, um pré-requisito para receber as bolsas universitárias, onde estudam e jogam por sua universidade. Quanto melhor o jogador, melhor são as bolsas como também o nível da universidade que o tenista pode alcançar.

A WIN tem um representante internacional na Flórida, Daniel Abrahão, que, tendo trabalhado na USTA, possui conexões com vários treinadores de renomadas universidades. Essa abordagem permite que outras virtudes e potencialidades dos jogadores sejam apresentadas, não somente índices numéricos como o UTR ou WTN. Duas vezes ao ano a WIN organiza um tour com os jogadores, partindo da Flórida. Abrahão leva os tenistas para várias universidades, onde podem conhecer técnicos, os times e as estruturas. Além disso, realizam treinamento na base da WIN na Flórida e fazem aulas de inglês direcionadas aos exames de proficiência em inglês Toeffel e SAT.

O projeto também atrai tenistas estrangeiros, provendo intercâmbios internacionais, a exemplo de atletas do Japão, Equador e Bolívia que vieram ao Brasil para conhecer a filosofia da WIN que integra o tênis com o ensino e o projeto de internacionalização da educação a partir do ensino médio.

Redação

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