Em fevereiro, o Centro de Educação e Recreação (CER) “Leonor Mendes de Barros”, localizado no Parque Infantil, teve a sua reforma – concebida pelo Orçamento Participativo (OP) – finalizada. No entanto, em março, o teto do local sofreu um desabamento.
O acontecimento fez com que o primeiro secretário da Mesa Diretora do Legislativo, vereador Rafael de Angeli (PSDB), protocolasse o Requerimento nº 277/2022, questionando o porquê de o fato ter ocorrido, já que, em visita de fiscalização ao local, dias antes do incidente, constatou sinais graves de infiltração, e ouviu, de responsáveis da escola, que o problema já estava resolvido. Recentemente, a Secretaria Municipal de Educação trouxe esclarecimentos.
Na resposta, a pasta alegou que foi realizado laudo sobre a infiltração, por engenheiro habilitado da Secretaria Municipal de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública – Defesa Civil, para verificação das condições estruturais da unidade.
Segundo o laudo, não havia risco iminente de desabamento do forro de gesso do CER. Quanto às partes soltas, foi dito que a direção havia sido orientada para providenciar a remoção para evitar possíveis acidentes.
O laudo também constatou que o bolor em pontos de umidade indicava que as calhas do tipo de água-furtada não estavam suportando o volume das precipitações ocorridas na época de chuvas, sendo necessária a avaliação do dimensionamento delas, já que as placas de gesso não suportariam a exposição à umidade. A Secretaria declarou que o desabamento ter ocorrido, mesmo depois das obras, foi, realmente, consequência desse fato.
O setor afirmou que, na época da queda do teto, as possíveis causas da infiltração estavam sendo averiguadas, a limpeza e o desentupimento de calhas já haviam sido realizados, e estava em processo de compra o serviço de dimensionamento e substituição das calhas e de reparo do forro.
A Secretaria argumentou ainda que o problema de infiltração estava sendo monitorado, tornando remota a possibilidade de fatalidade por um possível desabamento.
Por fim, foi ressaltado que tanto nesse CER, quanto em qualquer outra unidade educacional, são tomadas todas as medidas cabíveis para garantir a segurança dos alunos e atendê-los emergencialmente.
Para Angeli, “não dá para ignorar os diversos erros que ocasionaram o desabamento do teto. O engenheiro que deu o laudo de ‘segurança’ do local será responsabilizado? A empresa que realizou a reforma do teto será cobrada? Ou apenas os cofres públicos e as nossas crianças sofreram as penalidades de erros cometidos por prestadores de serviço da Prefeitura?”.