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Roda de conversa aborda usos e sentidos do Baobá na África e no Brasil

Casa SP Afro Brasil "Oswaldo da Silva Bogé" recebe atividade nesta quarta-feira (5), às 15h30

Nesta quarta-feira (5), às 15h30, a Casa SP Afro Brasil “Oswaldo da Silva Bogé” receberá a roda de conversa sobre os usos e sentidos do Baobá na África e no Brasil, com a discente de antropologia da Unilab, Niraide da Silva Dias. A atividade é uma parceria com o Projeto Baobá, coordenado pela Professora Drª Valquíria Tenório, do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) de Matão.A Drª 

Valquiria Tenório falou sobre o conceito do encontro. “Os baobás não são apenas árvores majestosas, mas também guardiões de histórias e símbolos profundos de resistência e ancestralidade. Em muitas culturas africanas, eles representam a conexão com os antepassados e a sabedoria milenar. 

Niraide estará conosco para compartilhar seus conhecimentos e também para saber como nós 

(re)conhecemos essa árvore na nossa cultura afro-brasileira. Enquanto coordenadora do projeto de extensão ‘Baobá: raízes ancestrais, cultura e ciência no IFSP Matão’, é uma alegria para mim tê-la conosco e poder compartilhar esse momento também com a comunidade em Araraquara”, explicou.

Niraide também comentou sobre a atividade. “Observando o cenário da importância do uso da baobá (cabaceira) na África, principalmente na minha etnia Brames (

mancanhi), onde a sua fruta é usada em diferentes cerimônias, como rituais de iniciação dos homens, cerimônias fúnebres, cultos aos ancestrais e casamentos, surgiu o interesse pelo tema na ideia de entender o significado da baobá nesse contexto africano e afro-brasileiro, descendente no Brasil, visto que na África o baobá é considerado a árvore da vida, pois carrega muitos significados e valores simbólicos de igual modo que no Brasil. Faremos um estudo etnográfico focado em antropologia da África juntamente com a antropologia das populações afro-brasileiras, onde reuniremos informações sobre baobá na África (Guiné-Bissau) e no Brasil (São Paulo e Fortaleza)”, pontuou.A coordenadora de Políticas Étnico-raciais, Alessandra Laurindo, explanou sobre o entusiasmo em receber esse encontro. “Tanto na Casa SP Afro, quanto no Centro de Cultura das Religiões de Matrizes Africanas, têm um pé de Baobá. Fizemos o plantio nos referidos espaços como simbologia para marcar a identidade social africana, e também para referendar nossa ancestralidade, então é muito importante compartilharmos essa escuta e podermos reproduzi-la para as formações e em especial no Programa Quilombinho”, salientou.

Redação

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