Apanhar, ser xingado, maltratado e desvalorizado, em unidades muitas vezes precárias: essa é a realidade absurda com a qual educadores da rede pública municipal de Araraquara têm que lidar diariamente na sua rotina de trabalho, especialmente após a retirada dos seguranças das unidades pelo governo Lapena.
E, como não podia deixar de ser, na nossa sociedade machista o alvo principal dos ataques violentos são as mulheres.
Somente nessa semana, o SISMAR atendeu dois casos de violência de usuários contra servidoras, em unidades diferentes. São servidoras que passaram pelo absurdo de serem ameaçadas, xingadas ou agredidas em seu local de trabalho, durante seu horário de trabalho, por fazer seu trabalho.
Qual a possibilidade de ter a saúde mental preservada em um ambiente como esse? Como esperar que os servidores tenham satisfação em prestar serviço, num ambiente de trabalho violento e ameaçador?
Coincidência ou não, fato é que os casos de agressão explodiram após o cancelamento pelo prefeito Lapena, do contrato com a empresa que fazia a segurança nas unidades da Educação.
Aliás, esse governo não promoveu sequer uma melhoria no serviço público. Só se vê cortes, cortes e mais cortes. Nenhum investimento, nenhum avanço. Não se anda para frente, só para trás.
O Sindicato dos Servidores Municipais de Araraqiara e Região (SISMAR) ressalta que se solidariza com as servidoras e os servidores agredidos, se coloca à disposição, inclusive juridicamente para as providências.
“O amadorismo e a visão política mesquinha e pequena desse governo e de alguns de seus representantes preocupa demais a diretoria do SISMAR. Tememos que os eleitos não tenham capacidade de gerenciar uma cidade grande e complexa, como Araraquara. Os riscos são enormes. Se o governo Lapena não entrar rapidamente nos eixos, o SISMAR entende que a cidade pode colapsar, sem dinheiro e sem gestão”entende o SISMAR.