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Últimos pacientes com Covid-19 do Hospital da Solidariedade recebem alta

Os últimos dois pacientes com Covid-19 do Hospital da Solidariedade receberam alta nesta sexta-feira (19), com celebração por parte dos funcionários da unidade. Agora, a cidade passa a fazer o atendimento de pacientes com coronavírus para leitos de UTI e enfermaria instalados no Pronto-Socorro do Melhado, que já possui estrutura adequada. A medida se deve ao número muito baixo de pacientes necessitando de internação pela Covid-19, devido à vacinação, e o alto custo de manutenção do Hospital da Solidariedade.

A Prefeitura de Araraquara realizou a transmissão ao vivo da liberação médica desta sexta em sua página no Facebook, onde o vídeo está disponível para visualização. Sob muita emoção, os araraquarenses Marcos Regiano de Souza, de 36 anos, e Noete Sampaio Mendes, de 50, deixaram o hospital para serem recebidos por seus familiares.

A secretária de Saúde, Eliana Honain, acompanhou a alta e se emocionou ao falar da relevância que o Hospital da Solidariedade teve na pandemia. “Esse é um momento histórico para a cidade de Araraquara e um momento histórico para a luta contra a pandemia. A alta desses dois últimos pacientes do Hospital de Campanha significa a vitória do povo de Araraquara e de todos os trabalhadores de saúde. Vamos relembrar que esse hospital foi construído em ‘toque de caixa’, com empenho de todas as áreas da Prefeitura e com a participação da comunidade. Aqui perdemos pacientes, mas a grande maioria teve alta. Hoje nós encerramos um ciclo. Quem nos acompanhou todos os dias sabe a luta dessa equipe e de outras mais, que não tiveram medo, mas tiveram dedicação e amor ao próximo”, comentou.

Construído em cinco semanas e inaugurado em maio de 2020, o Hospital da Solidariedade atendeu 1.793 pacientes. Sua estrutura chegou a cerca de 70 leitos nos piores momentos da pandemia. Segundo a Secretaria de Saúde, R$ 80 milhões foram investidos neste ano no combate à pandemia, em recursos próprios da Prefeitura. O custeio mensal do hospital é estimado em R$ 5 milhões, o que inclui pessoal (equipes de atendimento) e estrutura física.

Stand-by

Elaina Honain esclareceu que a unidade não será fechada por enquanto, mas espera que ela não tenha a necessidade de ser reativada. “É importante ressaltar que o que estamos vivendo hoje é uma parte daquilo que estamos vencendo, mas a nossa população não vai estar desassistida. A nossa população, se precisar de internação, terá a unidade do Melhado, com disponibilidade de leitos. Estamos fechando esse serviço, que ficará em stand-by. Ele ficará aqui, mas com certeza nós não teremos que reativá-lo. Hoje significa a vitória da população de Araraquara e região”, completou.

A diretora executiva da FunGota (fundação que faz a gestão das UPAs, do Hospital da Solidariedade e do Pronto-Socorro do Melhado), Lúcia Ortiz, também valorizou a alta dos últimos pacientes. “Sem dúvida nenhuma, o dia de hoje é muito especial. Aquilo que sempre sonhamos, que foi a alta do último paciente de Covid no Hospital de Campanha, aconteceu. Mas nós, que no dia a dia trabalhamos aqui no Campanha, como amorosamente o chamamos, dá um apertinho no coração saber que essa unidade deixará de ser utilizada. Aqui foi muito importante, desde a sua construção até o desafio que foi lidar com uma doença nova, que a cada dia se comportava diferente. Esse hospital foi heroico e atendeu não só a população de Araraquara, mas a população do estado de São Paulo”, apontou.

Lúcia se mostrou feliz com a diminuição de casos de Covid-19 na cidade. “É uma alegria poder estar conseguindo diminuir os casos, conseguir diminuir a estrutura de serviço, mas o Campanha vai estar no nosso coração para sempre e essa equipe estará no nosso coração para sempre. O que aconteceu aqui não pode ser esquecido. Esse hospital é o símbolo de uma cidade que, unida, lutou e está conseguindo vencer a Covid”, concluiu.

Demandas represadas

Vale destacar que, com os recursos que estavam sendo utilizados no Hospital da Solidariedade, a Prefeitura pretende atender outras demandas do município que ficaram represadas por causa da pandemia, inclusive na própria área da Saúde, como as filas de exames e de cirurgias eletivas.

Redação

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