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Comerciantes evitam repassar reajuste de gás na cidade

Comerciantes evitam repassar o reajuste, de 8,2% em média, para driblar a queda nas vendas

José Augusto Chrispim

O preço do gás de cozinha foi reajustado pela Petrobras nessa terça-feira (6). De acordo com o sindicato que representa as empresas distribuidoras (Sindigás), afirmou que os preços devem aumentar entre 8,2% a 9%, no caso do GLP para botijões de até 13 kg.

A revisão do preço para consumo residencial representa em valores R$ 25,07, um reajuste de R$ 1,97 por botijão. No ano, a alta acumulada é de 2,8%. Desde janeiro, a estatal reajusta o botijão de gás trimestralmente. Em janeiro e abril, os valores foram reduzidos e, em julho, elevado.

A estatal realiza o segundo aumento de preço seguido após dois trimestres de diminuição de preços

Preço em Araraquara

Apesar do aumento anunciado pela Petrobras, comerciantes de Araraquara ainda não reajustaram o preço do botijão de 13 kg. A reportagem conversou com vários revendedores de gás de cozinha que relataram queda no consumo toda vez que há aumento nos preços.

“Hoje nós já recebemos o produto com um aumento de cerca de R$ 2,00 por botijão, mas não vamos repassar para o consumidor. Nos últimos aumentos realizados neste ano nós registramos queda nas vendas, então, mesmo com redução no lucro, estamos segurando os aumentos o quanto pudermos, pois quando tem reajuste o consumo cai instantaneamente. Geralmente, no dia anterior ao reajuste, muitas pessoas procuram os depósitos para comprar o botijão com preço antigo, mas durante os dias seguintes ao aumento as vendas diminuem cerca de 40%. O lucro médio em um botijão de 13 kg de gás entre o preço pago na distribuidora e o valor de venda fica entre R$ 11,00 e R$ 13,00, mas com todos os encargos esse valor diminui bastante”, resumiu a empresária Valéria Gonçalves, que trabalha no ramo há 15 anos.

Abaixo da média

Apesar do aumento, o sindicato estima que o preço ainda esteja 29% abaixo da média praticada no mercado internacional no caso dos botijões de até 13 kg.

No caso do GLP empresarial, os preços no mercado aparecem 52,4% maior em comparação com o gás de cozinha.

Foto : Suze Timpani

Redação

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