As lâmpadas de Light Emitting Diode – LED (Diodo Emissor de Luz) são uma tecnologia já conhecida, mas que apenas recentemente estão sendo adotadas na iluminação pública e nos lares das pessoas, de acordo com o coordenador do curso de Engenharia Elétrica da Universidade de Araraquara – Uniara, Cristiano Minotti, que fala de suas vantagens em relação às lâmpadas convencionais.
“A lâmpada de LED é feita com um componente eletrônico chamado diodo. Essa tecnologia não é nova, sendo que o LED é aquela lâmpada indicadora de funcionamento de determinado equipamento, como um botão de ligar de uma impressora, uma caixinha de som ou um monitor. Porém, apenas recentemente foi possível que a intensidade luminosa desse componente tivesse um aumento enorme”, contextualiza o docente.
Ele conta que o LED utilizado nas iluminações pública e residencial é chamado de tecnologia super LED. “Consegue emitir um fluxo luminoso, que é a capacidade de impressionar nossos olhos, muito maior do que o antigo LED. Assim, apesar de não ser uma tecnologia nova, é o motivo pelo qual só recentemente está sendo utilizado como iluminação principal, substituindo a lâmpada fluorescente que, por sua vez, substituiu a incandescente”, diz.
Apesar de ter um preço maior do que as lâmpadas tradicionais, o custo-benefício da lâmpada de LED é positivo. “Para se ter uma ideia, a potência utilizada para a iluminação de LED costuma ser em torno da metade usada na fluorescente, e em torno de dez vezes menos da que era utilizada na incandescente. Isso significa que temos exatamente o mesmo poder de iluminação, gastando dez vezes menos energia elétrica e, além disso, dura muito mais”, destaca Minotti.
Egresso é responsável por projeto de troca da iluminação pública de Araraquara
O ex-aluno do curso de Engenharia Elétrica da Uniara e gerente de iluminação pública responsável pelo projeto da Prefeitura Municipal de Araraquara de troca das lâmpadas na cidade, Fernando Henrique Valente, reforça que a eficiência energética do LED é maior e consegue gerar mais lumens com a mesma quantidade de watts.
“Isso significa um menor consumo de energia com uma iluminância maior, além da cor do LED, que no nosso caso é o branco, deixando uma visão mais bonita que o vapor de sódio, que é amarelado”, explica o egresso, detalhando que a vida útil do LED dura entre 50.000 e 100.000 horas, “o que demanda menos manutenção”.
Araraquara conta com um parque de iluminação de 38 mil luminárias, segundo Valente. “Chegamos a trocar cerca de oitenta lâmpadas de vapor de sódio por dia e, hoje, mesmo com a troca total ainda não concluída, temos trocado pelo menos de vinte por dia. Já trocamos aproximadamente 90% do parque de iluminação, e se tudo correr bem, finalizaremos o processo em um ou dois meses”, finaliza o egresso.