Início Cidade Epidemia de Sífilis realça importância da camisinha

Epidemia de Sífilis realça importância da camisinha

Adriel Manente

Uma Doença Sexualmente Transmissível (DST) está em epidemia no país. A sífilis. Por ser uma doença que age quase sem nenhum sintoma aparente em seu estágio inicial, a patologia passa desapercebida por muita gente. Segundo dados da Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde, último levantamento realizado apontou que 119.800 casos de sífilis foram registrados em todo o país. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), doença atinge 12 milhões de pessoas em todo o mundo.

“Qualquer pessoa sexualmente ativa, independentemente de faixa etária ou opção sexual, até mesmo gestante pode contrair uma DST. Basta praticar sexo sem proteção”, relata a médica da família, Dra. Ana Paula Urdiales Garcia.

O alerta é principalmente para essa época de Carnaval, onde há maior propensão das pessoas a adquirirem a doença. “A prevenção mais eficaz seria evitar relações com pessoas que você não conhece o passado sexual. Como essa é uma tarefa muito difícil de se controlar, o uso da camisinha é indispensável, pois, além da sífilis, ela previne outras DSTs, como gonorreia, hepatite e HIV, que é um vírus letal ”. No mundo, a OMS estima que cerca de 1 milhão de pessoas contraem alguma DST por dia, como a própria sífilis, clamídia, tricomoníase e gonorreia.

Sobre a Sífilis e suas fases
Geralmente indolor, primeiros sintomas aparecem de 20 a 90 dias após a relação. “Ela aparece como uma úlcera ou ferida no pênis, no ânus ou na vulva. Como não há dor, às vezes a pessoa nem percebe. Dura mais ou menos um mês essa ferida, e chamamos de cancro duro”, explica.

Após ela sumir, é chegada a segunda fase da doença, e é aí que mora o perigo. “Na fase secundária pode dar desde dores musculares, módulos ou ínguas, até a meningite, alterações neurológicas e problemas cardíacos”.
Na terceira e última fase, a pior de todas, a pessoa pode contrair lesões de pele, alterações de diversos órgãos como coração, pulmão e fígado. “Pode alterar o sistema nervoso e apresentar alterações de comportamento como alucinações e até Acidente Vascular Cerebral (AVC). As pessoas acham que é uma bobeira, uma feridinha que não dói, mas é extremamente séria”, afirma a médica, que informa ainda que na maior parte das vezes as pessoas descobrem apenas na fase secundária ou terciária por conta dos sintomas.

Mas, calma. A sífilis tem cura. “Para fazer o diagnóstico tem que fazer ou o teste rápido oferecido nós próprios postos de saúde ou o exame de sangue. A sífilis é uma bactéria, pode e deve ser combatida. Mas, de novo ressalto a importância de se usar camisinha. É um ato de amor à própria vida”, finaliza a Dra. Ana Paula.

Vale destacar que a sífilis, assim como o restante das DSTs, só se pega através do contato. Até mesmo o sexo oral, diferentemente do que muitos pensam, pode ser suficiente para contrair a doença, que raramente é adquirida pelo beijo, por exemplo.

Redação

Sair da versão mobile