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Escolhas de Bolsonaro sob suspeita

José A C Silva

O que temos assistido não condiz com as promessas de campanha de Jair Messias Bolsonaro (PSL), pois as mesmas figurinhas carimbadas estão no novo governo. O filho do chefe parece um psicopata, querendo prender as pessoas que têm pensamento de esquerda. O ‘bebezão’ tá pensando que é o xerife do Brasil, primeiramente deveria prender o Onyx Lorenzoni e barrar o Joaquim Levy. O cara trabalhou com o Lula e a Dilma, os principais rivais da extrema direita bolsonarista, agora é escolhido para presidir o BNDES. A molecada nas redes está pensando que os novos indicados são fake news, mas, infelizmente não é notícia falsa.

Se não tiver uma oposição, o Bolsonaro e o Guedes vão vender o país. Este papo de que as estatais dão prejuízo precisa ser melhor analisado, sabemos que as estatais sempre foram cabide de emprego e de barganha política. Elas precisam passar por uma auditoria antes de vendê-las para a iniciativa privada. A honestidade do Ministro da Fazenda já foi colocada sob suspeita: o Ministério Público Federal em Brasília está investigando o economista Paulo Guedes, mentor econômico do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), pela suspeita de estar associado a executivos em um esquema que frauda negócios ligados a fundos de pensão em estatais.

Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, ao longo de seis anos o economista captou ao menos 1 bilhão de reais, de entidades como Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa), Postalis (Correios) e BNDESPar, braço de investimentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

A investigação apura se Guedes teria cometido crime por gestão fraudulenta ou temerária, por suposta emissão de títulos sem lastro ou garantias ao negociar, obter e investir recursos desses fundos.

Segundo as investigações, os negócios foram feitos pela BR Educacional Gestora de Ativos, que pertence ao economista. Ela lançou dois fundos de investimentos que receberam, das entidades das estatais, 1 bilhão de reais em seis anos. Entre 2009 e 2013, um dos fundos obteve 400 milhões de reais para projetos educacionais. Os investigadores apuram se o negócio foi aprovado sem análise adequada e gerado ganhos excessivos. Sobre o Levy ter assumido o BNDES, o vencedor nas urnas para presidente, Bolsonaro, disse que a escolha foi do Guedes.

Durante a campanha o Messias sangrou. Quando indagado sobre a área econômica do país, respondia que o seu guru é quem tem as respostas. Se as coisas continuarem desta maneira, vai ficar difícil até para o Moro poder atuar.

Redação

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