O Ministério Público (MP) de Araraquara (SP) através da promotora de Justiça Patrícia Sguerra Vita e Castro pediu à Polícia Civil a instauração de inquérito para apurar suspostos crimes de abuso de autoridade e lesão corporal por parte de agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) durante a abordagem da administradora de empresas Silvana Tavares Zavatti, que caminhava na praça durante a decisão de quarentena no município.
Durante a abordagem no dia 16 de abril, na Vila Harmonia, Silvana reagiu e chegou a morder o braço de uma das guardas que fazia a detenção.
Procurada pelo G1, a Prefeitura de Araraquara disse que a GCM age com diálogo e informação no cumprimento da quarentena, necessária para a não proliferação do Covid-19.
Disse ainda que a administradora de empresas foi detida por desacato à autoridade e por agressão a uma guarda municipal.
A administradora de empresas Silvana Tavares Zavatti disse que mordeu guarda porque não conseguia respirar ao ser imobilizada em Araraquara A promotora de Justiça Patrícia Sguerra Vita e Castro requereu à Delegacia de Polícia Seccional de Araraquara a abertura de uma apuração sobre os supostos crimes.
Para a promotora, os decretos municipal e estadual que estabelecem quarentena “não dão supedâneo legal à prisão da munícipe”.
Castro acrescentou ainda que o “eventual ato de resistência decorreu do natural inconformismo gerado pela ação ilegal e abusiva dos agentes municipais (…)”.