Luís Carlos Bedran
No entanto, quem a acompanha de perto, quem conhece um pouco de História (tal como já afirmara Eric Hobsbaum (1917-2012) em “A História e a previsão do futuro”), pode-se perfeitamente prever (com base em indícios, fatos, acontecimentos ocorridos nos últimos tempos), num futuro próximo, o que pode ocorrer nessa área. E com razoável probabilidade de tal acontecer. No caso, sem pretensão alguma, no País, no Estado e até mesmo em Araraquara.
Assim, ninguém desconhece que na candidatura à presidência da República, dois apontam como fortíssimos concorrentes: o eterno pré-candidato do PT, que nunca deixou de sê-lo, como demonstram suas andanças por todo o Brasil, e seu mais forte opositor — pelo menos por enquanto nas redes sociais, e que também percorre todo o país — Bolsonaro.
E, entre eles, ainda não se definiu uma candidatura de centro; porém, ao que tudo indica, Alckmin, do PSDB, está muito bem cotado. O do PT ainda dependerá do julgamento que ocorrerá no dia 24 deste mês. Em nosso Estado, o ex-prefeito da capital talvez se lançará como candidato a governador de seu partido e Doria do seu, o PSDB, ao se licenciar da prefeitura de São Paulo. Esses são os mais falados.
No meio disso tudo a existência dos candidatos dos pequenos partidos que certamente tentarão esquentar seus nomes com vistas às futuras candidaturas para os cargos de vereador ou, até mesmo, ‘negociar’ o tempo que têm na TV com os candidatos mais cotados.
E com relação às candidaturas para deputado estadual e federal em nossa cidade e região? Ao que tudo indica Massafera se candidatará novamente a estadual pelo PSDB com grandes chances de se reeleger pelo ingente trabalho que tem feito para a nossa cidade e por toda a nossa região. O PT certamente lançará o seu.
A maior dúvida reside nas pretensões à Câmara dos Deputados em Brasília. Um nome que tem muita aceitação na cidade e região é a da Edna, por seu histórico passado. É um nome fortíssimo. Lobbe Neto, do PSDB, é de São Carlos; muito fez e continua fazendo para a nossa região como deputado federal. Tem muitas chances de ser reeleito. Outro nome que nunca poderá ser descartado é o do Marcelo Barbieri, do MDB, com larga tradição política e ligadíssimo ao presidente Temer. E que possui uma admirável e rara virtude em se tratando de política: sempre foi fiel ao seu partido.
Mas, e o PT? Lançará quem? Ninguém fala nada, a parecer que se guarda um segredo de polichinelo. Essa expressão, originária da “commedia dell’arte” da Roma antiga, quer dizer “uma informação que devia ser secreta, mas é do conhecimento geral”.
Ouve-se falar por aí, à boca pequena, que o atual prefeito se licenciará para disputar uma cadeira de deputado federal. Se eventualmente tal ocorrer e se porventura ganhar, a cidade o perderá, o que decepcionará em muito seus eleitores.
É claro que são apenas especulações. Como dizia aquele ministro: “O futuro a Deus pertence…”.
