Nesta terça-feira (9), o Anfiteatro da Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara (FCLAr) Unesp sediou a palestra “Os crimes de assédio e importunação sexual nos ambientes de trabalho e acadêmico: do silenciamento à subnotificação e impunidade”, ministrada por Grasiela Lima, coordenadora de Políticas para Mulheres da Prefeitura Municipal de Araraquara.
Essa foi a primeira atividade do ciclo de palestras organizado pela Comissão Local de Direitos Humanos da faculdade, que neste mês em que se comemora o Dia Internacional do Trabalhador, decidiu debater com a comunidade o tema do assédio no trabalho e na vida acadêmica. O convite para Grasiela se deu pelo reconhecimento em relação ao trabalho que o Centro de Referência da Mulher “Professora Doutora Heleieth Saffioti” tem feito na faculdade, especialmente no apoio ao coletivo de alunas que se formou no ano passado, e também com o trabalho de parceria em projetos de pesquisa e de extensão voltados para as meninas na ciência.
Grasiela afirmou que foi uma honra participar do encontro. “Destaquei os aspectos mais relevantes da legislação, as ações de prevenção e os atendimentos que temos realizado, inclusive demandas da própria universidade. Encontrei uma receptividade extremamente positiva por parte da direção da FCLAr, assim como das docentes, coordenadoras de cursos, discentes e integrantes da comissão de direitos humanos presentes no evento. Também temos grandes possibilidades de novas parcerias entre as Coordenadoria de Políticas para Mulheres e a Unesp para a realização de projetos de extensão voltados para a prevenção e conscientização social sobre a violência contra as mulheres, em especial a violência sexual”, comentou.
O diretor da FCLAr, Jean Cristtus Portela, falou sobre a importância da atividade. “Esse é um tema de grande importância para a comunidade de estudantes e trabalhadores da universidade, que precisa de informações e orientações legais, sociais e comportamentais sobre como enfrentar o assédio e a violência de gênero em geral. Pautar esse tema publicamente e com regularidade esclarece a comunidade em relação aos seus direitos, acolhe e fortalece as vítimas e inibe potencialmente ações de assédio. Entendo que o enfrentamento do assédio na universidade só pode ser realizado com efetivo engajamento de toda comunidade e, especialmente, daqueles que exercem funções de liderança no trabalho e nos estudos”, salientou.
A atividade teve transmissão ao vivo, com tradução em libras, pelo canal TVFCLAr no Youtube, onde o vídeo está disponível para visualização.