domingo, 24, novembro, 2024

Preço da cesta básica em Araraquara registra queda de 0,7% em fevereiro

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O preço médio da cesta básica araraquarense registrou queda pelo segundo mês consecutivo em 2021, encerrando fevereiro com o valor de R$ 769,67. Em relação ao mês anterior, houve redução de 0,7% (R$ 5,57), enquanto na variação dos últimos 12 meses alcançou alta de 24,8% (R$ 153,16).

De acordo com levantamento do Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara, responsável pela pesquisa, a queda atingiu as três categorias avaliadas: alimentação, higiene pessoal e limpeza doméstica. Os itens de alimentação caíram 0,75% na comparação mensal; os artigos voltados à higiene pessoal sofreram queda de 0,62%; e os produtos de limpeza doméstica foram reduzidos em 0,46%.

Dos 32 produtos pesquisados, 13 apresentaram alta, 18 diminuíram de preço e um permaneceu estável na variação mensal. Os itens que mais pressionaram positivamente o valor da cesta no último mês foram a cebola (+9,5%), o alho (+5,0%) e os ovos brancos (+2,2%). Na outra ponta, a batata inglesa (-9,4%), a farinha de mandioca torrada (-2,9%), o creme dental (-2,4%), o frango resfriado (-2,2%) e o óleo de soja (-2,2%) foram os principais responsáveis pela redução no valor médio da cesta básica.

Apesar do número maior de quedas em relação aos aumentos de preços observados em fevereiro, o valor médio da cesta ainda se encontra bastante inflacionado em relação ao ano passado. Na comparação interanual, 26 dos 32 itens avaliados estão mais caros atualmente: o óleo de soja, que em fevereiro de 2020 custava, em média, R$ 3,70, custa atualmente R$ 7,44 – elevação de 100,8%. O arroz branco está 65,4% mais caro – em fevereiro de 2020, custava, em média, R$ 15,67 e, no mês passado, R$ 25,92. Ainda que os itens de hortifruti variem de acordo com a sazonalidade de cada cultura e com as condições climáticas, a cebola e a batata que custavam, em média, R$ 2,54 e R$ 3,01 no início no ano passado, hoje custam R$ 4,06 e R$ 4,39, com alta de 59,9% e 45,7%, respectivamente.

Impacto sobre o salário-mínimo

Em fevereiro, o percentual do salário-mínimo gasto para a compra da cesta básica avaliada pelo Sincomercio chegou a 69,9%, estipulado atualmente em R$ 1.100, desconsiderando os encargos, como FGTS, INSS e outros. “A título de comparação, um trabalhador cuja jornada é de 44 horas semanais, seria necessário, ao final de janeiro, ter dedicado aproximadamente 134 horas de trabalho para adquirir todos os itens coletados pela pesquisa – redução de 01 hora em comparação com o mês anterior, quando eram necessárias 135 horas do trabalho mensal”, avalia Marcelo Cossalter, pesquisador do Sincomercio.

A inflação observada a partir do segundo semestre de 2020, concentrada em itens essenciais de alimentação e bebidas, tem se dissipado gradualmente nos dois primeiros meses de 2021. No caso do óleo de soja, cujo preço acumulado em 2021 é de -3,8%, alguns dos fatores que explicam as reduções observadas são a queda na demanda pelo item em decorrência de fatores como, por exemplo, o fim do auxílio emergencial, a alta da inflação e o aumento dos níveis de preço atingidos ao longo de 2020. “Ainda assim, o preço segue muito acima daquele praticado há um ano”, pontua Marcelo.

Cesta básica na capital paulista

Após registrar sucessivas altas ao longo de 2020, a cesta básica araraquarense vem seguindo o comportamento observado na maioria das capitais brasileiras avaliadas pela pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

De acordo com o levantamento, o valor da cesta de alimentos na cidade de São Paulo cedeu 2,24% na variação mensal, enquanto na avaliação no período de 12 meses houve alta de 23,03%. Os produtos que apresentaram as maiores altas de preço em relação a janeiro de 2021 foram a carne bovina de primeira (1,85%), o açúcar refinado (1,07%) e a banana (1,02%). Enquanto os produtos com maior redução de preço foram o tomate (-18,22%), a batata (-11,09%) e o óleo de soja (-4,16%).

Ainda segundo a pesquisa, a jornada de trabalho necessária para adquirir a cesta na capital paulista em fevereiro é de, aproximadamente, 128 horas e o percentual do salário-mínimo líquido gasto para comprar os produtos que a compõem é de 62,85%, levando em conta uma pessoa adulta.

Redação

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