ACSP: 33% dos Brasileiros planejam presentear no Dia dos Pais

Pesquisa ainda aponta que 41,9% pretendem gastar mais do que em 2024

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Na pesquisa nacional de intenção de compras, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), realizada pela PiniOn, 33% dos entrevistados pretendem comprar presentes no Dia dos Pais; 46% responderam que não têm intenção de fazê-lo; enquanto 21% ainda não sabem. Em relação ao ano passado, diminuiu a proporção dos que manifestaram intenção de compra, e aumentou aquela relativa aos que não pretendem adquirir presentes.

Do grupo de entrevistados que planejam presentar seus pais, 41,9% pretendem gastar mais do que em 2024, enquanto 33,3% desejam o contrário. Em termos do nível de despesa, a maioria (69,7%) pretende gastar entre R$ 50,00 e R$ 300,00.

A pesquisa também apontou que a maioria das compras seguiria sendo realizada em pequenos estabelecimentos (40,2%) e de forma presencial, em lojas físicas (56,9%).

Na tabela abaixo, apresentamos as principais categorias de bens e serviços que fazem parte da intenção de compra dos entrevistados (1.724), em nível nacional, assim como se a forma de pagamento seria à vista ou parcelada. Vale lembrar que mais de uma opção de presente pode ser escolhida por cada um dos entrevistados.

Em geral, nas intenções de compra apuradas seguem prevalecendo presentes de uso pessoal e de menor valor, pagos à vista, o que costuma ser habitual nesta data. O item de maior destaque seguiu sendo roupas, calçados e acessórios (37,1%), embora ainda siga bem abaixo do registrado durante os anos anteriores à pandemia (entre 60 a 70%).

Outros destaques foram perfume, almoço em restaurante, caneca e relógio (27,3%, 11,8%, 8,9% e 14,2%, respectivamente). Itens como livro (6,4%), chocolate/bombom (7,8%) e caixa de ferramentas (7,3%), que estiveram em alta quatro anos atrás, como reflexo do período de isolamento social, mantém baixa intenção de compra.

Continuou havendo diminuição nas intenções de adquirir bens digitais, tais como celular, computador, notebook e tablet, respondendo por 13,3% do total, o que poderia ser explicado pelo alto grau de endividamento das famílias e pelo elevado custo do crédito.

Por sua vez, na área de serviços, a intenção de presentear com almoço em restaurante (11,8%) ficou abaixo dos pedidos de delivery de refeição e cesta de café da manhã (12,8%), revertendo a tendência a privilegiar atividades presenciais, observada durante os anos anteriores.

Para todos os itens da tabela anterior, a disposição a comprar de forma parcelada é notadamente menor, enquanto continua havendo maior preferência pela utilização de dinheiro em espécie e cartões de débito, em relação a usar a modalidade do PIX como forma de pagamento à vista. Essa menor intenção de parcelamento das compras poderia estar associada às maiores taxas de juros.

Para o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, “em síntese, em relação ao ano passado, não se observaram variações significativas nas intenções de compra para o Dia dos Pais. Embora tenha diminuído a proporção daqueles que manifestaram disposição a comprar para a data, aumentou a proporção daqueles que desejam gastar mais neste ano, o que poderia sinalizar perspectiva de leve crescimento nas vendas. Apesar do alto grau de endividamento das famílias e dos juros elevados, o mercado de trabalho continua mostrando resiliência, com aumentos de emprego e renda, sustentando a expansão do consumo”, diz o economista.

“Em todo caso, a maior disposição a comprar em pequenas lojas e de forma presencial também pode significar uma boa notícia para o varejo mais tradicional”, completa Ruiz de Gamboa.

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