O Hospital da Solidariedade, hospital de campanha montado pela Prefeitura para o enfrentamento da Covid-19, completou 1 ano de funcionamento nesta quinta-feira (20). Nesse período, 1.283 pacientes foram atendidos nos leitos de enfermaria e de UTI da unidade hospitalar.
O prefeito Edinho e autoridades de saúde visitaram o hospital nesta quinta-feira e agradeceram aos profissionais que trabalham no local.
“Minha gratidão a toda a equipe que faz com que o hospital funcione e salve vidas. São 1.283 pessoas que passaram por este espaço. Valeu a pena o nosso esforço, as críticas que nós vencemos. Não abrimos mão para que ele funcionasse e cumprisse seu papel. Claro que tivemos óbitos, pessoas que não venceram a doença, mas elas tiveram a oportunidade de lutar pela vida”, afirmou Edinho à equipe de saúde.
“Nós gostaríamos que a gente não precisasse do hospital de campanha, mas, infelizmente, estamos vivendo o pior momento da história brasileira e da nossa cidade. Quis Deus que, na maior tragédia humanitária brasileira, nós estivéssemos aqui cumprindo esse papel. E nosso maior objetivo é salvar vidas”, declarou.
O hospital de campanha possui 244 funcionários, entre técnicos de enfermagem, médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, equipes de limpeza, auxiliares administrativos, farmacêuticos, equipes de raio-X, vigilantes, técnicos de farmácia, assistentes sociais, copeiras e motoristas. Noventa sessões de hemodiálise já foram realizadas no hospital.
Imóvel estava abandonado
A Prefeitura tomou posse e guarda do imóvel da Rua Domingos Zanin, antigo prédio da Nova Moto, que estava abandonado. O local estava repleto de lixo, acúmulo de água parada, veículo abandonado, pneu abandonado, telhas roubadas, além de ter sido palco de um homicídio.
Com esse imóvel, o Instituto do Abandono foi utilizado pela primeira vez na história do município, em 2019. O local tem 20.543,39 metros quadrados e está com dívidas tributárias (IPTU e outros impostos) e não tributárias (multas).
As obras do hospital de campanha começaram em 26 de março de 2020, com a limpeza do local. Em menos de 50 dias, estava pronto com as adequações para a montagem dos leitos e toda estrutura.
No momento de abertura, o hospital tinha 51 leitos, sendo 20 de UTI e 31 de enfermaria, para receber pacientes encaminhados pela UPA da Vila Xavier (polo de triagem de casos suspeitos da Covid-19). Atualmente, o Hospital da Solidariedade tem 71 leitos, sendo 41 de enfermaria e 30 de UTI.
“Em cinco semanas, nós pegamos um barracão abandonado e transformamos em um hospital de campanha que está cumprindo o seu papel. O hospital não é feito de concreto, de aço, de equipamentos. É feito de gente, de pessoas comprometidas e que fizeram uma escolha de vida. Trabalhar na saúde é uma escolha de vida. Vocês trabalharam 1 ano e 3 meses sem vacina, expostos a todos os riscos, mas não abriram mão da função de vocês”, disse Edinho aos funcionários do hospital.
Segundo o prefeito, a estrutura não será desmontada enquanto ela for necessária para o combate à pandemia. “Espero que, daqui a pouco, a gente esteja aqui discutindo o que fazer com esse prédio, que a gente não necessite mais dele. Mas nenhum de nós sabe até quando a pandemia vai. A ciência ainda está registrando o que vai acontecer. Enquanto for necessário, esse hospital vai existir, a estrutura estará montada e salvaremos vidas”, concluiu o prefeito.
Também estiveram na visita a secretária de Saúde, Eliana Honain; a diretora executiva da Fungota, Lúcia Ortiz; a diretora administrativa da Fungota, Joice Nogueira, e a diretora técnica da Fungota, Emanuelle Laurenti.